CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUE CENTRAL > MULHERES CUTISTAS DIALOGAM COM POPULAÇÃO NA PRAÇA DO PATRIARCA (SÃO PAULO) SOBRE A APOSENTADORIA
03/03/2017
Trabalhadoras do Coletivo de Mulheres da CUT São Paulo foram às ruas nesta sexta-feira (3). Na Praça do Patriarca, numa instalação montada pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo (Seeb-SP), elas distribuíram o jornal da Classe Trabalhadora que tem como tema principal a Reforma da Previdência, medida proposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB).
No centro da capital, a população que passava pelo local tirou dúvidas sobre as mudanças que irão impactar suas vidas. Por meio de computadores instalados na praça, as pessoas conseguiram simular na calculadora do “Aposentômetro” os anos que faltam para se aposentar com as regras atuais e como ficará caso Temer siga com a reforma.
Quem não parava para consultar sua aposentadoria, ao menos levava o Jornal da Classe Trabalhadora - edição especial Mulheres e/ou prestava atenção na fala das dirigentes que explicavam passo a passo como as mudanças irão impactar a vida de cada brasileiro, especialmente a das mulheres trabalhadoras.
Essas e outras atividades ainda ocorrerão em diversos bairros da capital e nos municípios do estado de São Paulo, lembra a diretora executiva do Sindicato dos Trabalhadores Públicos na Saúde do Estado de São Paulo (SindSaúde-SP), Célia Regina Costa. “A população precisa entender que é uma falácia a história de que a Previdência tem déficit e os empresários devem ser cobrados por tudo que eles devem. No mais, nós mulheres vivemos a dupla e tripla jornada e representamos mais da metade da população e, portanto, temos que estar cada vez mais nas ruas”, afirmou.
Secretária-Geral do Seeb-SP, Ivone Silva disse que as entidades devem reforçar e ampliar as ações contra a reforma da Previdência. "Esta luta não começou hoje. Há muito tempo a CUT e o sindicato se posicionam contrários e sempre fomos às ruas quando outros governos quiseram piorar a aposentadoria", lembrou.
A unidade na luta também foi defendida pela diretora de Políticas Sociais Deise Capelozza, do Sindicato dos Gasistas do Estado de São Paulo. “As mulheres precisam estar juntas, principalmente neste momento com essa proposta da reforma da Previdência que o governo golpista que colocar em votação. Isso impactará principalmente as trabalhadoras. Temos que ocupar as ruas para conversar com toda a população e explicar a realidade que estamos vivendo”, falou.
A secretária de Gênero do Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação do Estado de São Paulo (Afuse), Elidiney da Silva, acredita que é preciso ter um olhar diferenciado para a juventude trabalhadora. “A conscientização é necessária e precisamos reverter esta situação. Temos que fazer um trabalho principalmente com os jovens, que iniciam hoje no mercado de trabalho e nem sabe se poderão se aposentar no futuro. ”
Para a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), Elaine Cutis, a imprensa tradicional também não colabora com a formação da sociedade. “Queremos mostrar para a população qual será o impacto desta reforma, que na verdade é um desmonte completo da Previdência pública. Isso porque estamos vendo que a grande mídia dá informações deturpadas que não mostra o verdadeiro desmonte que significará esta medida na vida das pessoas”, destacou.
Rafael Silva e Vanessa Ramos
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