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PEC 55, que congela gastos sociais, é aprovada em 2º turno no Senado

21/12/2016

Votaram a favor da medida 53 senadores, oito a menos que no primeiro turno

Escrito por: Carta Capital / Sindprev BA

 

A PEC 55, que congela gastos sociais por 20 anos, foi aprovada em definitivo pelo Congresso nesta terça-feira 13 por 53 votos a 16, quatro votos a mais do que o necessário. O apoio à medida perdeu, porém, força no Senado entre a votação no primeiro e segundo turnos. O texto já foi aprovado na Câmara dos Deputados em dois turnos.

 

Na primeira deliberação no Senado, foram 61 votos favoráveis e 14 contra. O texto deve ser promulgado por Renan Calheiros, presidente da Casa, na quinta-feira 15. Por se tratar de uma emenda à Constituição, não há necessidade de sanção presidencial.

 

O quórum da votação em segundo turno foi inferior ao do primeiro, quando 75 senadores apreciaram a matéria. Na votação desta terça-feira 13, 69 parlamentares participaram da sessão, seis a menos do que em novembro. Em ambos os turnos, não houve abstenções.

 

Oito parlamentares que tinham votado sim no primeiro turno não apreciaram a matéria. Telmário Mota (PDT), que não tinha comparecido na primeira sessão, votou favoravelmente ao texto.

 

Apenas um parlamentar alterou seu voto: Dario Berger, do PMDB. ele havia votado favoravelmente à PEC no primeiro turno, mas mudou de posição na votação desta terça-feira 13.

 

Ausentes na primeira votação, Jorge Viana (PT) e Roberto Requião (PMDB) participaram da sessão desta terça-feira 13 e votaram não. Randolfe Rodrigues (Rede), que estava presente na primeira sessão, não compareceu.

 

Antes da aprovação do texto foram rejeitados os requerimentos de cancelamento, suspensão e transferência da sessão de votação por 46 votos contrários 13 favoráveis e duas abstenções.

 

A PEC 55, aprovada na Câmara dos Deputados com o nome de PEC 241, foi enviada ao Congresso pelo presidente Michel Temer no primeiro semestre.

 

O resultado mais importante da aprovação definitiva da proposta será uma redução significativa nos gastos com educação e saúde, os únicos da proposta que exigem uma mudança da Constituição. Haverá grande impacto sobre a parcela mais pobre da população e estímulo aos negócios privados nas duas áreas.

 

A decisão de congelar os gastos públicos ameaça, porém, o conjunto de políticas que permitiu a ascensão social de milhões de brasileiros ao longo dos últimos anos.

 

No estudo “O Novo Regime Fiscal e suas Implicações para a Política de Assistência Social no Brasil”, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) alerta para o possível desmantelamento de programas como Bolsa Família, Proteção Social Básica (PSB), Programa de Segurança Alimentar e Benefício de Prestação Continuada, previdência para cidadãos de baixa renda que não contribuíram na vida ativa.

 

De acordo com a pesquisa, esses programas consumiram 1,26% do PIB em 2015 e, com a aprovação da PEC do teto, o gasto encolheria para 0,7% do PIB em 20 anos. O estudo conclui, assim, que em 2036 a assistência social contaria com “menos da metade dos recursos necessários para manter a oferta de serviços nos padrões atuais”. Em termos absolutos, a perda acumulada do setor será de 868 bilhões de reais.

 

Na Saúde, a perda acumulada será de 654 bilhões de reais, em um cenário de crescimento do PIB de 2% ao ano, segundo uma nota técnica divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

 

O conteúdo do documento irritou o presidente do Ipea, Ernesto Lozardo, que usou o site e os canais de comunicação da instituição para questionar publicamente o estudo, algo inédito na história do Ipea. Lozardo disse que as análises feitas “são de inteira responsabilidade dos autores”. A situação levou a pesquisadora Fabíola Sulpino Vieira, uma das autoras, a pedir exoneração.

 

Em relação à educação, consultores da Câmara estimaram em agosto que a área perderá 45 bilhões de reais até 2025 com o limite do aumento de gastos. O congelamento deve inviabilizar o cumprimento da meta de universalizar o atendimento das crianças e adolescentes até 2020, como prevê o Plano Nacional de Educação.

 

Veja como votaram os senadores nesta terça-feira 13:

 

Nome

 

Estado

 

Voto

DEM

   

Davi Alcolumbre

AP

AUSENTE

José Agripino

RN

SIM

Ronaldo Caiado

GO

SIM

PCdoB

   

Vanessa Grazziotin

AM

NÃO

PDT

   

Lasier Martins

RS

SIM

Pastor Valadares

RO

SIM

Telmário Mota

RR

SIM

PMDB

   

Dário Berger

SC

NÃO

Edison Lobão

MA

SIM

Eduardo Braga

AM

SIM

Eunício Oliveira

CE

SIM

Garibaldi Alves Filho

RN

SIM

Hélio José

DF

SIM

Jader Barbalho

PA

AUSENTE

João Alberto Souza

MA

AUSENTE

José Maranhão

PB

SIM

Kátia Abreu

TO

NÃO

Marta Suplicy

SP

SIM

Raimundo Lira

PB

SIM

Renan Calheiros

AL

—–

Roberto Requião

PR

NÃO

Romero Jucá

RR

AUSENTE

Rose de Freitas

ES

SIM

Simone Tebet

MS

SIM

Valdir Raupp

RO

SIM

Waldemir Moka

MS

SIM

PP

   

Ana Amélia

RS

SIM

Benedito de Lira

AL

SIM

Ciro Nogueira

PI

SIM

Gladson Cameli

AC

SIM

Ivo Cassol

RO

SIM

Roberto Muniz

BA

SIM

Wilder Morais

GO

AUSENTE

PPS

   

Cristovam Buarque

DF

SIM

PRB

   

Marcelo Crivella

RJ

AUSENTE

PR

   

Cidinho Santos

MT

SIM

Magno Malta

ES

SIM

Vicentinho Alves

TO

SIM

Wellington Fagundes

MT

SIM

PSB

   

Antonio Carlos Valadares

SE

SIM

Fernando Bezerra Coelho

PE

SIM

João Capiberibe

AP

NÃO

Lídice da Mata

BA

NÃO

Lúcia Vânia

GO

SIM

Romário

RJ

AUSENTE

PSC

   

Eduardo Amorim

SE

SIM

Pedro Chaves

MS

SIM

Virginio de Carvalho

SE

AUSENTE

PSDB

   

Aécio Neves

MG

SIM

Aloysio Nunes Ferreira

SP

SIM

Antonio Anastasia

MG

SIM

Ataídes Oliveira

TO

SIM

Dalirio Beber

SC

SIM

Deca

PB

SIM

Flexa Ribeiro

PA

SIM

José Aníbal

SP

SIM

Paulo Bauer

SC

SIM

Pinto Itamaraty

MA

SIM

Ricardo Ferraço

ES

SIM

Tasso Jereissati

CE

SIM

PSD

   

José Medeiros

MT

SIM

Omar Aziz

AM

SIM

Otto Alencar

BA

SIM

Sérgio Petecão

AC

SIM

PTB

   

Armando Monteiro

PE

SIM

Elmano Férrer

PI

SIM

Zeze Perrella

MG

AUSENTE

PTC

   

Fernando Collor

AL

AUSENTE

PT

   

Ângela Portela

RR

NÃO

Fátima Bezerra

RN

NÃO

Gleisi Hoffmann

PR

NÃO

Humberto Costa

PE

NÃO

Jorge Viana

AC

NÃO

José Pimentel

CE

NÃO

Lindbergh Farias

RJ

NÃO

Paulo Paim

RS

NÃO

Paulo Rocha

PA

NÃO

Regina Sousa

PI

NÃO

PV

   

Alvaro Dias

PR

SIM

Rede

   

Randolfe Rodrigues

AP

AUSENTE

Sem Partido

   

Reguffe

DF

SIM

 

 

Fonte: CartaCapital

 

 

 

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