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Sintsprev MS: trabalhadores rurais ocupam INSS em manifestação contra a retirada de direitos previdenciários

24/06/2016

Ato é realizado em todos os estados e em Brasília, onde os trabalhadores ocupam o Ministério da Fazenda, que agora é também o da Previdência

Escrito por: Sintsprev MS

 

 

Trabalhadores rurais ligados à Fetagri ocuparam na quinta-feira, 16 de junho,  sede do INSS, em Campo Grande. Eles realizaram um ato pacífico para protestar contra a possibilidade de retirada de direitos previdenciários e contra o golpe. O ato é realizado em todos os estados e em Brasília, onde os trabalhadores ocupam o Ministério da Fazenda, que agora é também o da Previdência.

 

Em entrevista ao Jornal do Sintsprev MS, o Secretário da Juventude e do Meio Ambiente da Fetagri, Jorge Bento Soares, disse que: “Apesar do impacto da Previdência na economia, nenhum país do mundo tem a Previdência dentro do Ministério da Fazenda, será desconfortável ao Brasil comparecer a uma reunião de ministro da Previdência representando pelo Ministério da Fazenda, ninguém iria entender.

 

A Previdência Social em todos os países é tratada por Ministério específico no caso de Previdência Social Segurança Social e Seguridade Social, no caso brasileiro a Previdência Social tem uma longa história de 93 anos, no começo no ministério da Indústria e Comércio, depois no trabalho e desde 1974 no Ministério da Previdência Social. No Brasil, há algum tempo, a fazenda passou a atropelar a Previdência Social e a formular executar as políticas públicas de Previdência Social, começou pela fixação do aumento dos benefícios mínimos previdenciários e o reajuste dos benefícios acima do mínimo abaixo do nível de infração”.

 

A Fetagri também é contra aumentar a idade da aposentadoria dos trabalhadores rurais. Para tanto, argumenta que há duas condições específicas do trabalho rural justificam a manutenção da idade da aposentadoria dos trabalhadores rurais: o início precoce da atividade laboral e o trabalho penoso.

 

Na área rural, de acordo com o IBGE, 78,2% dos homens e 70,2% das mulheres começam a exercer a atividade rural com idade precoce, inferior a 15 anos. Isso significa que a mulher rural trabalha em média, 41 anos e o homem 46 anos, para alcançar o direito a aposentaria, no valor de um salário mínimo, cuja idade mínima para se aposentar é de 55 anos para a mulher e 60 anos para o homem.

 

Também predomina na área rural o trabalho penoso cuja característica é o esforço físico intenso, que reduz a capacidade de trabalho precocemente e a expectativa de vida. De acordo com os dados do Anuário Estatístico da Previdência Social, os trabalhadores rurais aposentados vivem menos que os trabalhadores aposentados urbanos, especialmente as mulheres rurais que vivem cinco anos a menos.

 

Por isso, não é correto e nem justo aumentar a idade de aposentadoria dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. Se isso ocorrer, muitos provavelmente não conseguirão alcançar, ao longo de sua vida laboral, o direito a aposentadoria, e não se sentirão atraídos, especialmente os jovens, a manter-se residindo e trabalhando no campo produzindo alimentos.

 

 

 

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