CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUE CENTRAL > EM ATO PELA REDUÇÃO DA JORNADA, SINDSAÚDE GO DEFENDE MAIS DIGNIDADE E RESPEITO
06/05/2016
O evento foi promovido pelo Fórum Goiano das 30 Horas Já, composto por entidades como o Sindsaúde/GO e o Conselho Regional de Enfermagem (Coren-GO). O ato que também contou com uma carreata pelas ruas de Goiânia marca o início das atividades do Mês da Enfermagem.
30 Horas
Trabalhador@s, professores e estudantes se uniram em busca do apoio da sociedade e de políticos para a aprovação do Projeto de Lei 2295/2000 que há 15 anos tramita na Câmara dos Deputados. O PL prevê a redução da carga horária de 44 para 30 horas semanais. Em Goiás, de acordo com dados do Coren-GO, 48 mil profissionais, entre técnicos, auxiliares e enfermeiros, estão registrados no Conselho.
Uma redução "justa e necessária" considera a secretária de Assuntos Jurídicos do Sindsaúde e coordenadora do evento, Eliane Castilho. “Essa reivindicação não está fundamentada apenas na recomendação da Organização Internacional do Trabalho, mas na necessidade urgente de condições mínimas para o desenvolvimento de uma prática assistencial segura e de qualidade para o paciente”.
A presidente do Coren - GO, Ivete Santos Barreto, explicou que a luta pelas 30 horas está fundamentada em três vertentes relevantes. “Uma jornada menor permite maior segurança para o paciente, possibilita que o trabalhador também possa cuidar de si mesmo e viabiliza novos postos de trabalho”.
Sobrecarga
Além do debate, a audiência reuniu relatos importantes do cotidiano daqueles que já atuam na área, seja ela pública ou privada. Para o trabalhador, os maiores obstáculos são a pressão psicológica, a sobrecarga de trabalho, salários defasados e a falta de insumos. Segundo eles, é impossível oferecer ao paciente um atendimento adequado.
Divergências
Também houve divergências durante o debate. Os participantes contestaram as afirmações do representante da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás, Waldomiro Alves, um dos convidados para compor a mesa. Segundo ele, a reivindicação da categoria deve ser feita com responsabilidade porque representaria ônus para os empresários que já estão sofrendo dificuldades financeiras para administrar os hospitais. “Eu não vim aqui para receber aplausos, vim trazer uma realidade”, justificou.
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