Reunião entre a SESPA e o SINDSAÚDE PA discute mortalidade materna e infantil

A diretoria do SINDSAÚDE PARÁ recebeu na segunda-feira, 15 de fevereiro, em sua sede, técnicos da SESPA, conjuntamente com o Dr. Hélio Franco, para discutir sobre os dados do Estado do Pará em relação a eclampsia como fator de mortalidade no momento do parto.

A reunião teve o objetivo de divulgar a situação preocupante da mortalidade materna e infantil existente em nosso Estado. Por ser uma questão de saúde pública e de grande importância para os trabalhadores da saúde e da população em geral, o SINDSAÚDE, preocupado com a taxa existente no Estado do Pará e por ser uma entidade participe do Conselho Estadual de saúde, bem como de diversos conselhos municipais de saúde, busca informações e repasse os seus dirigentes em diversos locais de nosso Estado, para que juntos possamos divulgar e participar do combate a este problema que é de saúde pública.

Estamos colocando alguns dados sobre a eclampsia no Estado do Pará. Destacamos que Belém tem alto índice de acontecimento desta modalidade de morte no momento do parto, sendo que o distrito DAICO (Distrito Administrativo de Icoaracy) tem o extremado percentual de 33%, dos 44% que a cidade de Belém possui.

O fato é preocupante, pois como somos sabedores a Cidade de Belém é o município que possui uma das piores coberturas do programa da saúde da família, sendo que somente 40 % da cidade é coberta com este programa, não havendo Agente Comunitário em número suficiente para atender a demanda da população.

Não podemos deixar de realizar este destaque, pois sabemos a origem do  programa saúde da família, que surge dos trabalhos realizados nas pastorais da criança, existente em diversas paróquias de Belém. Portanto, sendo hoje uma atividade que tem sua vocação para atender crianças e mães gravidas, além de serem importantes profissionais da atenção básica de saúde de uma forma mais geral, especialmente para realizar orientação, prevenção de adoecimentos e no combate as doenças que são provenientes da falta de informação ou de um melhor acompanhamento.

Postamos alguns dados dos municípios, bem como a distribuição dos acontecimentos da eclampsia, por município e por bairro, para que todos possam discutir e participar do combate a este tipo de mortalidade, que requer informação e atendimento das nossas unidades de saúde de forma permanente.

É bom destacar que o acompanhamento e o atendimento em qualquer momento que se fizer emergente é um direito da criança e da mulher gravida, como bem destacou o DR Hélio Franco em sua exposição: “ o atendimento não necessariamente deverá ser no dia agendado para a mulher no período de seu pré-natal. No momento que esta sente que não está bem, deve ser atendida independente de haver sido agendado ou não. Não pode existir a barreira de que somente em um determinado dia da semana uma determinada unidade de saúde irá atender as mulheres que estão sendo acompanhadas em sua gravidez. Havendo um evento, na qual a mulher não se sinta bem, deve ser atendida”.

Aos profissionais de saúde em especial e a população em geral, colocamos a disposição alguns slides com informações repassadas pela Secretaria de Saúde, que acreditamos serem importante para o conhecimento de todos. Estaremos buscando mais informações para serem repassadas para todos os trabalhadores em saúde e para a população, para juntos estabelecermos um controle social, nas ações que venham reduzir esta modalidade de mortalidade.