SINSSP: assembleia decide manter e ampliar a greve

O SINSSP realizou, na sexta-feira (21/8), assembleia geral, no Auditório Azul do Sindicato dos Bancários, em que ficou decidida a manutenção e ampliação da greve dos servidores do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social.

Após o repasse de informes sobre os últimos acontecimentos, os servidores debateram, entre outros, sobre os seguintes assuntos:

O endurecimento do INSS com a categoria, promovendo onde pôde o corte de ponto. A assembleia repudiou a atitude intransigente do governo e dos servidores que realizaram tal ordem ilegal. Esqueceu-se que podemos também endurecer. Quem repõe o trabalho não realizado? Se resolvermos não repor, quem o fará? Se, porventura, retornarmos ao trabalho e realizarmos operação padrão, cumprindo rigorosamente a jornada de trabalho, com a demanda já criada pela greve, como ficará a situação?

A desmoralização da gestão do INSS, que não conseguiu impor sua vontade de cortar o ponto dos servidores em várias gerências executivas. Essa atitude fortaleceu ainda mais o movimento, muitos servidores das SOGPs aderiram à greve para não cumprir essa atrocidade. Atitude digna dos maiores elogios possível e imaginável. É elogiosa também a atitude de vários gestores pelo país, que colocaram os cargos à disposição, mostrando repúdio à atitude da administração do INSS, que certamente perdeu o comando do instituto.

"O Governo erra ao endurecer. Nunca aconteceram essas entregas de cargos no INSS. Perderam o controle de seus comandados", afirmou Pedro Totti, presidente do SINSSP.

A morosidade do governo em apresentar uma proposta por escrito. Essa atitude mostra descaso e falta interesse em negociar com os servidores, para colocar fim à greve que tanto prejudica a população brasileira. Os servidores exigem de forma urgente a apresentação de uma proposta por escrito e que atendam nossas reivindicações, portanto, o motivo para uma greve tão longa é única e exclusiva do governo, que apenas nos enrola e não apresenta nada concreto para a categoria.

Por fim, as deliberações da assembleia foram:

• Continuidade e ampliação da greve;
• Que o governo apresente uma proposta por escrito;
• GDASS: que o governo melhore a proposta (verbal) no sentido de proporcionar para servidores da ativa a aposentadoria pela média dos pontos em um único movimento, em 2016. Para os servidores aposentados, o aumento dos pontos no mínimo espaço de tempo;
• Que o turno estendido seja implantado para todos (incluindo servidores lotados nas Gerências Executivas e APSs menores) e desatrelado a indicadores de gestão;
• Que o SINSSP exija a responsabilização dos gestores, por improbidade administrativa, que realizaram o corte ilegal dos pontos. Inclusive com o acionamento judicial e no Ministério Público;
• Que o SINSSP busque ainda mais ajuda de parlamentares para auxiliar, com ações mais efetivas, as negociações com o MPS e MPOG;
• Que o SINSSP exija administrativamente e judicialmente a suspensão do corte de salário;
• Que o SINSSP coloque na negociação a devolução dos cortes de salário dos dias de mobilização de 2015 anteriores à greve, como por exemplo na APS São Caetano.
• Que não pensem que servidor sem salário está morto. Jamais. Isso só provoca dor e revolta, o que fatalmente reflete na qualidade de trabalho, tanto em um futuro próximo quanto em um mais distante.

A má fé é tamanha, que até o empréstimo consignado foi bloqueado. Podemos e devemos agir com força e disposição, dando uma resposta de majoração do quantitativo de servidores paralisados e levar uma mensagem clara à administração do INSS: vocês, na atual conjuntura política, têm mais a perder do que nós. À luta, companheiros. A greve continua!

Escrito por SINSSP