Assembleia realizada no Sindprev/BA aprova continuidade da greve

Aconteceu na sexta-feira, 24, no Sindprev/BA, no Espaço Cultural Roque Abreu, assembleia com os diretores do sindicato, o comando de greve e a categoria para avaliação da greve, tendo também como pauta: informes gerais, informes nacional, retorno da caravana e encaminhamentos.

A mesa foi composta por Valdemir Medeiros, diretor da Secretaria de Administração e Finanças, Walter Cândido, diretor da Secretaria de Organização, Raimundo Cintra, diretor da CNTSS/CUT, Ricardo Sampaio, coordenador do Comando de Greve e um representante de cada gerência do INSS.

Os advogados do Sindprev/BA, Dr. Osvaldo Schitini e Dr. João Militão, falaram sobre a vitória do julgamento do PCCS, na qual foi reconhecido o direito aos servidores no período de 1988 a 1990, com a votação de 3 (três) a 0 (zero). Dr. Osvaldo Schitini sempre acreditou que conseguiria reverter e conseguir que o PCCS passasse de um sonho e se tornasse realidade. “O momento é de continuar na luta, porque mesmo que haja recurso, lutaremos para que esse processo seja julgado até dezembro, para que depois seja decidido apenas os valores a ser pago”, disse Schitini.

Dr. João Militão falou que se trata de um processo sobre tudo de resistência e que a classe trabalhadora sobrevive de conquista e lutas. “Vamos correr atrás para ajuizar a publicação dos acórdãos e acompanhar passo a passo esse processo, que tem cerca de nove mil servidores. Vamos à luta”, afirmou Militão.

Valdemir Medeiros falou que será convocada uma assembleia específica do PCCS, com todas as categorias envolvidas nesse processo, para ser decidido se vai chamar o governo para fazer acordo ou não.

Walter Cândido agradeceu a Dr. Schitini pela influência política e judiciária, pela capacidade e responsabilidade de continuar a luta da categoria, agradeceu o trabalho e empenho dos advogados e do jurídico. Em seguida falou da importância de intensificar a greve. “A greve é de todos nós, por isso vamos continuar juntos até a vitória”, declarou Walter.

Participantes do comando de greve falaram das atividades realizadas na capital, com passeatas e explicações à população dos motivos do movimento. Os integrantes dos interiores do estado falaram como anda as paralisações e as ações que estão sendo realizadas em cada agência. Os servidores do Ministério da Saúde passaram os informes das mobilizações que estão acontecendo todos os dias no Núcleo Estadual do MS, na qual conseguiram fechar a unidade e segurar a greve na saúde.

Foram passados os informes da caravana à Brasília e os resultados das reuniões que aconteceram no DF. Ricardo Sampaio participou de uma reunião com a Presidenta do INSS, diretores e procuradores do INSS, na qual na reunião de 5 horas tratou de: 6 horas, incorporação das gratificações, crítica do auxílio-alimentação, auxílio-creche, atribuição dos analistas e técnicos, condições de trabalho, IN 174, REAT, progressão a cada 12 meses e a volta da insalubridade, uma vez que atende pessoas infectocontagiosas. “O nosso movimento é forte e está bem representado. Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles”, afirmou Sampaio.

Adilson Barbosa, diretor da Secretaria de Saúde do Trabalhador e Geap, falou da importância da caravana, na qual possibilitou uma abertura de processo de negociação com o governo e falou da audiência com o ministro da previdência, na qual o comando entende que será necessário pressionar mais para o governo ceder. Haverá uma audiência na próxima terça, 28 de julho, do comando de greve com o Ministro da Saúde para discutir a pauta específica.

Raimundo Cintra passou os informes nacionais, na qual a CNTSS/CUT elegeu representantes da base para participar da mesa de negociação e ajudar a avançar na greve. “Queremos participação e fortalecimento da luta”, afirmou Cintra.

Haverá uma passeata nacional unificada com várias categorias no dia 28 de julho, na qual ainda será definido o local e o horário pelo Fórum das Entidades Nacionais e colocado no site do sindicato.

Valdemir coloca em votação a aprovação da continuidade da greve ou não. E não houve nenhuma abstenção, sendo aprovado pelo plenário em unanimidade. Sendo assim a greve continuará seguida de mobilizações para fortalecer a luta dos trabalhadores.

Valdemir falou ainda do erro da direção do sindicato em relação ao desconto do fundo de greve e comunicou que a partir do mês de agosto serão devolvidos 1,0% aos servidores não filiados e 1,5% aos médicos peritos, auditores do trabalho e servidores da ANVISA.

A próxima assembleia para continuar a avaliação da greve ficou marcada para próxima sexta-feira, 31 de julho, das 10h às 12h.