Sintsprev-Ma participa do Dia Nacional de Lutas

Um ato de repúdio às medidas provisórias 664 e 665, editadas em dezembro de 2014 pela presidente Dilma Roussef, foi realizado na quarta-feira (28), em São Luís. O Dia Nacional de Lutas foi uma mobilização nacional das centrais sindicais e trabalhadores na defesa da garantia dos direitos conquistados. No Maranhão, a ação foi realizada na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-MA), no bairro da Cohab.

Em um primeiro momento foram realizadas no auditório da SRTE-MA debates sobre as medidas, a fim, de informar aos trabalhadores as perdas de direitos trabalhistas. Entre as centrais sindicais presentes estava a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que reiterou o entendimento de necessidade contínua de dialogo com o Governo em defesa dos trabalhadores. “Fomos às ruas e lutamos pela eleição da companheira Dilma, por isso, temos legitimidade de exigir que não haja retrocesso dos direitos conquistados. Iremos nos mobilizar e realizar outros atos e mobilizações todas as vezes que o trabalhador estiver sendo desrespeitado”, informou Adriana Oliveira, presidente da CUT-MA.

O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência do Estado do Maranhão (Sintsprev-MA) também esteve presente ao ato e afirmou que mobilizará toda a categoria para pressionar o Governo Federal a recuar das medidas naquilo que retira direitos dos trabalhadores. “Não iremos aceitar que o projeto que ajudamos a eleger, porque acreditamos ser o melhor para os trabalhadores, atue de forma a nos desrespeitar. Esperamos que a companheira Dilma reveja o conteúdo dessas medidas e iremos às ruas com essa reivindicação”, afirmou Joanildes Pires, diretoria da Secretaria de Comunicação.

Dia Nacional de Lutas

No ato unificado da capital paulista, as centrais sindicais cobraram do governo federal a revogação das Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que mudaram as regras de acesso a direitos como o seguro-desemprego, abono salarial (PIS-Pasep), auxílio-doença e o seguro-defeso. Também questionaram os rumos da política econômica adotados pelo Ministério da Fazenda, que, segundo os sindicalistas, levarão o país à recessão. Em São Paulo mais de cinco mil trabalhadores e trabalhadoras lotaram a Avenida Paulista, nesta quarta-feira (28), no ato organizado pela CUT, CSB, CTB, Força Sindical, NCST e UGT.

O secretário geral da CUT Nacional, Sergio Nobre, avalia que a presidenta Dilma Rousseff tenha tomado as medidas sem total consciência da gravidade e do impacto nos direitos sociais e no emprego que elas trariam. “A agenda vitoriosa nas eleições é oposta às medidas atuais. Aquela visa melhorar e ampliar os direitos sociais, aumentar a renda, a produção e o mercado interno. O aumento da taxa de juros, a restrição do financiamento de bens e o achatamento das políticas sociais empurram o país para a recessão”, destaca o secretário.