CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUE CENTRAL > SERVIDORES DA SAÚDE RECLAMAM DE PÉSSIMAS CONDIÇÕES DE TRABALHO EM HOSPITAIS DO ESTADO
14/11/2014
O Sintras-TO está recebendo várias reclamações dos profissionais das unidades de saúde estaduais, inclusive demandas que já foram noticiadas na imprensa local, mas que ainda continuam pendentes junto ao Governo do Estado.
Uma delas é o atraso no pagamento dos plantões extras, pois o último que receberam foi em junho deste ano, ou seja, o Estado já soma quatro meses de débito com a categoria.
Segundo alguns servidores que não quiseram se identificar isso os deixa desmotivados para trabalhar, pois cumprem seus plantões com responsabilidade e compromisso, mas não recebem o que lhe é de direito.
Outras reclamações são as condições de trabalho, atrasos também nos pagamentos de diárias, falta de medicamentos e materiais de trabalho, local de trabalho insalubre, e ainda o não pagamento da insalubridade.
De acordo com um servidor, a situação de Gurupi é uma das mais críticas, pois os servidores dizem que o HRG não tem estacionamento o que facilita roubos de pertences pessoais e motos dos próprios servidores. Não existe segurança nem na recepção do hospital. Fato que o Sintras já noticiou e oficiou o Estado para tomar as providências cabíveis.
“Trabalhamos tenso por não ter vigilância nem na recepção e quase toda semana acontece um roubo de moto de servidor na área do hospital, sem falar em celulares”, disse ele.
Já em Dianópolis, a situação não é diferente. O número de plantões feito pelos profissionais, em virtude da redução da equipe, está deixando os profissionais sobrecarregados. Eles também reclamam da falta de material de trabalho como soro, seringa e algumas medicações.
“Esse quadro que vivemos hoje demonstra que o número de profissionais é insuficiente para atender a demanda do hospital, o que deixa os plantonistas sobrecarregados”, relata uma servidora.
No norte do Estado, em Augustinópolis, entre as maiores reclamações da categoria é a dificuldade dos servidores no transporte da cidade até o município de Araguatins onde está funcionando o setor de ortopedia e o de cirurgia de urgência, que fazia parte do Hospital Regional de Augustinópolis.
O que os servidores temem é a segurança durante o translado entre os dois municípios, em virtude da péssima condição da malha viária, o que acaba provocando acidentes e colocando em risco a vida destes servidores.
Eles relatam também que no Hospital falta uma coordenação de setores para coordenar o abastecimento de medicamento das unidades tanto em Augustinópolis, como em Araguatins. A falta do servidor para coordenar ocasiona a falta de medicamentos e material de trabalho.
Também está entre as reclamações destes servidores o não pagamento dos plantões extras, pois o último que o Estado fez foi no mês passado referente a junho também deste ano.
Toda essa problemática, exceto a questão do transporte dos servidores de Augustinópolis, também são comuns entre os servidores das outras unidades de saúde estaduais não citadas nesta matéria como Paraiso e Arraias.
O presidente do Sintras, Manoel Pereira de Miranda, informa que novamente vai oficiar o Estado. “Iremos novamente emitir um expediente ao Governo relatando todas essas reclamações e provocar uma reunião para discutir as demandas da saúde e chegarmos a uma solução viável para ambas as partes”, disse o presidente.
Ele diz ainda que sanando todos esses problemas proporciona também um serviço de qualidade prestado a população.
NEYA-JORNALISTA
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