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14/08/2014
A presidente do Sindpsi-ES, Gliciane Chagas Brumatti, e a suplente de Direção, Lidiane Cristine dos Reis Souza, participaram no último sábado da Marcha das Vadias em Vitória. A saída ocorreu na Ufes e o ato, que reuniu centenas de pessoas, percorreu diversas vias da Capital pedindo o fim da violência contra as mulheres e alertando sobre a atual sociedade machista e protestando contra o patriarcado.
Vale lembrar que o Espírito Santo é o Estado brasileiro campeão em homicídios contra mulheres, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2013, com 11,24 mortes para cada 100 mil mulheres, mais que o dobro da média nacional de 5,82. Entre 2009 e 2011 foram registrados no Brasil 16,9 mil feminicídios, que são homicídios motivados por questões de gênero, como as agressões de parceiros.
A imagem da mulher historicamente vem sendo associada à coisificação e inferiorização devido a demasiada exploração midiática. A “Marcha das vadias” está fortemente conectada a outros movimentos femininos nacionais e internacionais que defendem com veemência a emancipação da mulher contra qualquer espécie de preconceito de gênero, ainda presente, nos dias de hoje na sociedade patriarcal estabelecida.
A marcha
A Marcha das Vadias surgiu a partir de um protesto realizado, em 2011, em Toronto, no Canadá, e desde então se internacionalizou, sendo realizado em diversas partes do mundo. O nome do ato é uma referência à crença de que as mulheres que são vítimas de estupro teriam provocado a violência por seu comportamento.
Em janeiro de 2011, ocorreram diversos casos de abuso sexual contra mulheres na Universidade de Toronto. O policial Michael Sanguinetti fez uma observação dizendo que “as mulheres evitassem se vestir como vadias (sluts, no inglês original), para não serem vítimas”. O primeiro protesto levou três mil pessoas às ruas de Toronto. Durante as marchas, muitas mulheres se vestem de maneira considerada “provocante”, em uma alusão e provocação a esse tipo de pensamento verbalizado pelo policial.
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