CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUE CENTRAL > DIRIGENTES DO SINTSS-MS PARTICIPARAM DE EVENTO SOBRE BALANÇO DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS.
18/06/2014
Na tarde da sexta-feira (30/05), foi realizada no auditório da FIEMS, em Campo Grande, a apresentação do Balanço do Programa Mais Médicos no país e no Mato Grosso do Sul, pelo Ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Os dirigentes do sindicato, Alexandre Junior Costa, Ricardo Bueno, Jose Aparecido de Lima Eder Rodrigues de Lima Lima e Claudia Guimarães acompanharam a atividade. Também presenciaram o evento diversos gestores municipais de saúde, o governador do estado, o Senador da República Delcidio do Amaral, entre outros.
No comparativo entre janeiro de 2013 e janeiro de 2014, ampliou em 34,9% no número de consultas na Atenção Básica de 2.347 municípios do país, elemento fundamental no sistema de saúde, que previne e reduz a necessidade de milhares de pessoas serem encaminhadas aos hospitais, pelo fato do problema ser atendido na origem.
Durante a apresentação dos slides, ficou muito evidente a defasagem que o Brasil tem, na quantidade médicos por mil habitantes (1,8), em relação a países como Argentina que tem (3,2) Uruguai (3,7), Portugal (3,7), Espanha (4), Itália (3,5), Alemanha (3,3) entre outros. Segundo parâmetro da ONU, para um acompanhamento à saúde adequado, é necessário que o coeficiente seja de pelo menos, 2,8 médicos a cada mil habitantes.
Segundo Ricardo Bueno, dirigente do SINTSS-MS e Presidente do Conselho Estadual de Saúde do Estado, “a palestra do ministro foi esclarecedora, os dados provam que o Programa Mais Médicos veio melhorar e muito o atendimento às pessoas, em locais aonde os médicos não chegavam. Neste sentido, este atendimento na atenção básica veio em boa hora e tem contribuído para desafogar os hospitais. Este é um programa que vem atender a população carente, que não recebe os mesmos atendimentos que tem as pessoas que moram em grandes centros”.
Para o Presidente do sindicato, Alexandre Júnior Costa, o Programa Mais Médicos é muito importante que atende as pessoas mais pobres e que o ministro apresentou dados muito interessantes, mas ele faz uma ressalva, “ainda assim, no macro, continua a política de privatização da saúde, sendo que este programa é uma boa medida, mas é paliativo. Neste caso, defendemos que seja construída uma carreira específica, não apenas para os médicos, mas para todos os profissionais na área de saúde”.
Sobre a polêmica do tema, o Ministro da Saúde afirmou “não se faz reforma de saúde pública contra os médicos ou sem os médicos. É necessário ter diálogo civilizado, porque quem perde é a população”. Segundo a pesquisa apresentada nesta atividade, 74,8% da população brasileira aprova o programa, 18,7% desaprova e 6,5% não opinaram.
Em outro momento de sua fala Chioro também frisou que o Brasil vive uma situação de pleno emprego, mas que a carreira, por este motivo, tem maior dificuldade de ser implantada. Ele reforçou que um elemento fundamental para a atenção básica é a manutenção do vínculo e que o Ministério da Saúde observou haver dificuldades de ser concretizada em milhares de cidades brasileiras.
O programa Mais Médicos utilizou uma série histórica para a oferta de suas vagas e que só foram abertas em locais onde havia demanda, conforme relatório dos municípios.
Dados:
Após a exposição, que também teve como ouvintes, representantes do protesto contra o programa, o Ministro da Saúde, Arthur Chioro disse que os relatos que eles têm recebido, são de pessoas que reforçam a qualidade do atendimento, do cuidado que recebem dos médicos do programa, do maior tempo de atendimento a que estavam acostumadas e para finalizar ele defendeu "por que a população pobre do país, que é atendida pelo SUS, não pode receber a mesma atenção que recebem as pessoas que moram nos grandes centros urbanos do país?".
O Programa Mais Médicos leva profissionais para o interior e periferias de grandes centros, e já conta com mais de 14 mil médicos alocados em unidades básicas de saúde de quase quatro mil municípios. Em menos de um ano, a iniciativa do governo federal já impacta na vida de 49 milhões de brasileiros.
Escrito por: Sérgio Souza Júnior - Assessoria de Comunicação do SINTSS-MS.
Conteúdo Relacionado