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Sindsprev PE: seminário debate violência contra a mulher

25/03/2014

A atividade teve como objetivo promover um amplo debate sobre os aspectos relacionados à problemática da violência, assim como às políticas públicas de combate

Escrito por: Sindsprev PE

 



A violência contra a mulher: compreender para enfrentar. Este foi o tema do seminário realizado pelo Sindsprev, através da sua  Secretaria de Política Social, na sexta-feira, dia 21/03, no auditório do CFL. A atividade teve como objetivo promover um amplo debate sobre os aspectos relacionados à problemática da violência, assim como às políticas públicas de combate.  O seminário contou com a participação de representantes de várias entidades sindicais.


Na abertura do evento, o coordenador do Sindicato, José Bonifácio, falou que as estatísticas da violência contra a mulher são crescentes e assustadoras, por isso a necessidade de combatê-la com urgência. Na parte da manhã, as palestras foram encaminhadas pela coordenadora do Instituto Feminino para a Democracia – SOS Corpo, Silvia Camuça, e pela representante da Secretaria da Mulher da CUT, Madalena Silvia, que fez uma explanação sobre a discriminação e violência contra as mulheres no mercado de trabalho.

 

Ela destacou a disparidade de representação feminina nos espaços de poder, mesmo com o fato de as mulheres serem a maioria da população brasileira. No Congresso Nacional, por exemplo, ocupam menos de 10% dos assentos e, apesar de ocuparem 44% no mercado de trabalho, ganham salários bem menores que os homens e ocupam os cargos mais baixos.  A representante da CU, reforçou a necessidade de mobilização das mulheres para mudar esta situação, como forma de avançar na conquista de igualdade de oportunidades no país.

 


De acordo com a coordenadora do SOS Corpo, 70% da violência acontece dentro do próprio lar e, não raro, é o marido ou o companheiro que manifesta a violência. “O lar não é mais seguro. As mulheres sofrem no dia a dia agressões sexuais, físicas e são assassinadas predominantemente nos espaços domésticos”, enfatizou. Ela lembrou que há dificuldade para se punir os agressores porque a Lei Maria da Penha enfrenta resistências, pois inúmeros juízes negam as medidas protetivas.


Para a secretária de Política Social, Anilda Nascimento, a violência é resultado das relações desiguais entre homens e mulheres, e acontece todas as vezes que as mulheres são consideradas coisas, objetos de posse e inferiores aos homens. “Apesar das mulheres terem uma longa trajetória de luta, elas ainda hoje são vistas, e muitas vezes tratadas, como seres inferiores, o que proporciona aos homens pensarem que eles têm direito de ter a mulher como sua propriedade”. 

 

 

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