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18/03/2014
Servidores do município de Buriti retornaram as atividades normais, na quarta-feira, 12/03, nas unidades de saúde após decisão judicial, através de ação movida pela prefeita Rúbia Rodrigues Amorim na tentativa de desvirtuar o objetivo dos grevistas.
Segundo o presidente do Sintras, essa atitude é para fugir do compromisso que deveria ter com os servidores. “Essa ação é mais um refúgio da prefeita para não cumprir o acordo feito com a categoria”, diz Manoel Miranda.
Ele acrescenta ainda que o movimento grevista foi feito com responsabilidade mantendo desde o início os atendimentos de urgência e emergência. “Para comprovarmos temos documento dos atendimentos realizados neste período. Não somos irresponsáveis a ponto de provocarmos tumulto e atitudes irreversíveis principalmente no setor delicado como o da saúde.”
O presidente reforça que o objetivo é buscar através da greve a valorização dos servidores com o cumprimento do acordo feito pela própria gestora sem cunho político.
Apoio -De acordo com o presidente do Sintras, alguns parlamentares municipais se dispuseram apoiar os servidores por livre espontânea vontade, não teve acordo político com nenhum deles.
Foi acordado- A gestão municipal propôs acordo, em outubro de 2013, que foi aceita pela categoria que a prefeitura pagaria o salário de dezembro de 2012 parcelados em dez vezes, assim como a nomeação da comissão de gestão e enquadramento do PCCR/Saúde com agendamento da 1ª reunião dos membros da Comissão para o dia 10 de outubro de 2013. E a implantação do PCCR prevista para 1º de janeiro de 2014.
Greve -Os servidores iniciaram a greve no último dia 25 e mantiveram as atividades profissionais paralisadas por 15 dias, mas mantendo os serviços essências funcionado normalmente.
Manobra -Antes dos profissionais voltarem ao trabalho nesta quarta-feira, 12, após liminar, a prefeita Rúbia Rodrigues Amorim tentou burlar a greve contratando outros profissionais para realizarem os atendimentos de saúde. Alguns servidores disseram que entre esses profissionais tem pessoas sem formação na área da saúde. No entender dos grevistas foi uma tentativa de ameaça a categoria no intuito de impor o retorno ao trabalho.
Entendendo a situação, os servidores observaram outra atitude errônea da prefeita que foi à solicitação da polícia durante a execução dos trabalhos desses novos funcionários, entendendo que os grevistas poderiam impedi-los de entrar nos órgãos para trabalhar. Quando a equipe de policiais chegou e viu que o movimento era 100% pacífico e que a gestora estava totalmente equivocada, recuaram os policiais.
Mediação -O Sintras, buscando resolver de uma vez por todas, solicitou a mediação do Ministério Público através do oficio de nº 115/2014 que foi atendido pelo promotor Público Décio Guerada Junior. Nesta audiência foi feito o seguinte acordo entre a gestora municipal de Buriti do Tocantins e a direção do Sintras:
1- Pagamento do salario atrasado do mês de dezembro 2012, em 10 parcelas iguais com a divisão dos servidores em grupo de 10 em 10.
2- Retorno das negociações com a categoria, na qual a gestão se compromete a apresentar para direção do Sintras até o dia 25 de março todas as informações relacionadas às despesas, receitas, número de servidores para chegar num consenso;
3- Foi marcada uma nova rodada de negociação para dia 31 de marco de 2014;
De acordo com o presidente, com estas informações em mãos, o sindicato irá tentar mostrar a capacidade de implantação do plano de cargos e carreira no município, a qual refere à Lei 079/2012.
NEYA-JORNALISTA
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