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Secretário de Organização da CNTSS/CUT acompanha Encontro Nacional promovido pela CUT em Brasília

23/08/2013

Raimundo Rodrigues Cintra diz que discussões realizadas no Encontro serão importantes para o planejamento da nova Direção da CNTSS/CUT previsto para setembro

Escrito por: Assessoria CNTSS/CUT (CUT)

Brasília sediou, de 14 a 16 de agosto, o Encontro Nacional dos Secretários de Organização e Relações do Trabalho da CUT Nacional – Central Única dos Trabalhadores. Na ocasião, a Central procurou reunir representantes dos Sindicatos, Federações e Confederações de sua base para fazer um balanço dos atuais desafios da representação sindical e traçar estratégias para ampliar direitos dos trabalhadores.

A CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social foi representada por seu secretário de Organização, Raimundo Rodrigues Cintra, do Sindprev Bahia. Para o secretário, o encontro permitiu atualizar informações e integrar as secretarias com o objetivo de focar nas ações e nas metas. “Foi um momento bastante produtivo e propício para debater e organizar principalmente as oposições no campo cutistas nas esferas nacional, federal e municipais,” argumenta Cintra.

Cintra também destaca que os debates e as propostas que permearam os três dias de agenda em Brasília serão bem úteis para o processo de planejamento da Confederação. “Esse encontro favorece as discussões que vamos realizar dentro da CNTSS/CUT. De 11 a 14 de setembro, a nova direção da Confederação, que foi eleita no Congresso de maio, se reunirá para realizar seu planejamento para este próximo triênio,” comenta o secretário.

Durante o encontro, o secretário de Organização Sindical da CUT Nacional, Jacy Afonso, fez questão de destacar que o empresariado brasileiro tem investido pesado na política de flexibilização de direitos, como exemplo o Projeto de Leis 4330, do deputado peemedebista de Goias, Sandro Mabel, que regulamenta a terceirização e ameaça todos os trabalhadores com carteira assinada. "O movimento sindical precisa retomar o papel de protagonismo. Os deputados não têm mais medo do sindicalista, inclusive os do campo progressista, porque não acham que o movimento sindical é determinante para as eleições dele. Precisamos reverter esse cenário,” diz o secretário cutista.

Ainda dentro das discussões do Encontro, os dirigentes sindicais reforçaram a necessidade de retomar princípios como a solidariedade de classe, aprofundar a formação nas bases e acompanhar de perto a atuação dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Movimento sindical deve se renovar para enfrentar ataques aos direitos trabalhistas e, para isto, deve investir em uma formação que vá além dos quadros de comando e atinja as bases e a renovação da direção.

Números apresentados pela CUT

Os 20 milhões de postos de trabalho gerados desde 2002, ano em que o presidente Lula assumiu a presidência, não reverteram em aumento da representação sindical. Levantamento da secretária de Organização Sindical da Ce

ntral aponta que, em 2002, eram 16% de trabalhadores sindicalizados, enquanto em 2011, do total de 93,5 milhões de trabalhadores, apenas 17% são filiados a algum sindicato.

A Central representa 7.814.895 trabalhadores filiados. A média nacional de sindicalização é de 33% por ramo e os segmentos com maior índice são urbanitários e os bancários, com cerca de 70%. O setor de comércio e serviços é o menor, com 11%, situação atribuída à alta rotatividade.

Em relação ao gênero, assim como cresceu a participação da mulher no mundo do trabalho, as trabalhadoras também estão mais presentes no movimento sindical: 107%, contra 27% dos homens, entre 1992 e 2011.

* com dados obtidos junto à CUT e fotos de Luiz Carvalho