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CNTSS na campanha pela Redução da Jornada de Trabalho liderada pela CUT Nacional

12/02/2008

Escrito por: CNTSS e CUT

A Campanha Nacional Unificada pela Redução da Jornada de Trabalho sem Redução de Salários, encabeçada pela CUT e demais centrais sindicais ganhou as ruas no dia 11 de fevereiro, com atos para coleta de assinaturas em várias cidades do país.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Seguridade Social (CNTSS/CUT) também apóia a campanha e reivindica a redução da jornada para os servidores da seguridade social para 30 horas semanais.

“Esta é uma das principais bandeiras históricas da confederação pela a qual nó sempre estamos em permanente estado de mobilização no sentido de conquistar as 30 horas para todos os trabalhadores da Previdência Social, da Saúde e da Assistência Social, seja no setor público ou no privado”, afirmou Maria Aparecida Faria, presidenta da CNTSS, que participou do ato público, em São Paulo.

Também na luta pelas 30 horas semanais estão os bancários. A categoria já tem uma convenção coletiva que determina uma jornada de 30 horas semanais.Segundo Vagner Freitas, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Confrat/Cut), há um grande desrespeito à convenção por parte dos banqueiros. “Nós temos dados de que 80% dos bancários não fazem jornada de 6 horas diárias, mesmo sendo uma exigência da lei. Atualmente, há um grande número de processos trabalhistas dos quais em geral os bancários ganham a ação. Com isso, os banqueiros começam a se preocupar, porque o passivo trabalhista dos bancos aumentou muito por conta disso”, afirmou.

De acordo com Vagner Freitas trata-se da sétima e oitava hora pré-contratada - que os bancos utilizam a argumentação de que são trabalhadores comissionados. Do ponto de vista jurídico é um fato questionável, por isso, em geral, segundo Freitas, os bancários e as bancárias vencem as causas. “Nossa luta é para que a jornada de trabalho de 30 horas seja cumprida, até para que o trabalhador e a trabalhadores tenham melhores condições de vida e de trabalho. Mais do que isso, pelo intenso ritmo que se tem hoje nos bancos, queremos que a jornada diminua para 25 horas semanais”, afirmou.

O coordenador do Instituto Nacional de Saúde no Trabalho (INST) e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação (Contac), Siderlei de Oliveira, lembrou a recente pesquisa realizada pela Universidade de Barcelona, que concluiu que uma jornada superior a 40 horas semanais causa danos físicos e emocionais incontáveis, que vão da ansiedade e depressão até problemas cardíacos. No caso brasileiro, frisou, além da extensa jornada, o excesso de horas extras e a intensidade do ritmo de trabalho têm gerado um enorme custo social para os trabalhadores e o país.

Apenas em 2007, a Previdência Social desembolsou R$ 10,7 bilhões para benefícios decorrentes de acidentes de trabalho e de atividades insalubres, contra R$ 9,94 bilhões de 2006. Quanto deste recurso poderia ter sido economizado com a redução da jornada?, questionam as centrais.
“Com a redução da jornada de 44 para 40 horas poderemos gerar mais de 2,2 milhões de empregos, repartindo com o conjunto da sociedade os imensos ganhos obtidos com o aumento da produtividade", declarou o presidente nacional da CUT, Artur Henrique.
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