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ISP lança campanha: "Água, Mulher, Trabalho: Fontes de Vida"

10/03/2008

Escrito por: ISP Brasil



As mulheres exigem o acesso à água potável, afirma a Internacional de Serviços Públicos - ISP


O Dia Internacional da Mulher - 8 de março de 2008, marca o lançamento da Campanha da ISP: “Água, Mulher, Trabalho: Fontes de Vida”. Esta Campanha, que terá a duração de duas semanas, enfatizará a importância vital do acesso a serviços de água saudável nas mãos do setor público para alcançar o desenvolvimento sustentável, a igualdade de gênero e uma vida descente para todos/as, em particular, para as mulheres. As jornadas de ação se estenderão até dia 22 de março, Dia Mundial da Água.

A Campanha da ISP: “Água, Mulher, Trabalho: Fontes de Vida” destaca a importância do acesso à água para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU. Em muitos paises em desenvolvimento, as mulheres e as meninas andam em média seis quilômetros diários para pegarem água e carregam cerca de vinte litros até sua casa. Fora o esforço físico que se supõem, está atividade dispõem de um tempo que as mulheres e as meninas poderiam dedicar a um emprego remunerado ou ao ensino escolar.

Peter Waldorff, Secretário Geral da ISP, declarou: “Quando as mulheres só têm tempo para se dedicarem às tarefas de sobrevivência, não podem adquirir as competências necessárias nem realizar atividades produtivas para sair da pobreza e oferecer um futuro melhor para sua família. Não podem ter um nível de vida descente. Por essa razão, com motivo do Dia Internacional da Mulher, os sindicatos do setor público de todo o mundo lançam uma chamada aos governos para que reafirmem seu compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e reduzam pela metade o número de pessoas sem acesso a água até o ano 2015”.

Não é correto que algumas pessoas ou instituições se enriqueçam vendendo água enquanto 1,8 milhões de crianças morram a cada ano por não terem acesso a serviços de água potável e de saneamento, completou Waldorff.

Os números são muito preocupantes. Em 2007 cerca de 1,1 bilhão de pessoas, ou seja, 17% da população mundial, não tinham acesso à água potável e 2,6 bilhões necessitavam de serviços de saneamento básico. Por outro lado, se estima que 3 milhões de pessoas, em sua maioria crianças, morreram devido a doenças que poderiam ser evitadas causadas por água contaminada. Além disso, milhões de pessoas foram afetadas por doenças transmitidas pela água. As mudanças climáticas acarretadas pelo aquecimento global agravam está situação e a deterioração do meio ambiente acentuam a vulnerabilidade das mulheres.

Os/as trabalhadores/as do setor público estão empenhados em melhorar esta realidade e propõem que se leve em conta sua experiência na gestão estratégica dos recursos hídricos e para todas as decisões conexas. Eles e elas são expert e sabem de maneira muito concreta como melhorar a gestão e o fornecimento de serviços de água de qualidade. Sabem também quais os sistemas que podem ser melhorados e como utilizar os recursos de forma mais eficiente. Os/as trabalhadores/as de setor público são os/as que estão mais próximos/as da produção e dos cidadãos.

Em muitos paises, as mulheres que militam em sindicatos filiados a ISP desempenham um papel decisivo nas campanhas em defesa da água e para o desenvolvimento de novas formas de gestão dos serviços de água. Graças a seus conhecimentos e a seus princípios de solidariedade, os sindicatos estão realizando campanhas êxitosas para que os serviços de água privatizados, que tiveram resultados ruins para as mulheres e para as comunidades, voltem a ser controlado pelo setor público e para que o acesso à água seja considerado como um direito humano e não como uma mera mercadoria.

Na Colômbia, o acesso à água é um tema prioritário para as mulheres das zonas rurais e também das zonas urbanas. O Comitê Permanente da Região Andina para a Defesa da Água decidiram lançar uma campanha pelo direito constitucional a água na Colômbia com motivos de jornadas de ação organizadas de 8 a 22 de março em torno do tema: “Água, Mulher, Trabalho: Fontes de Vida”. Em Cali, as filiadas da ISP: SINTRAEMCALI, Sintracuavalle, SINTRAEMSDES e SINTRAEMSIRVA participaram junto com associações comunitárias locais em uma campanha para conseguir assinaturas a favor de um referendo, informa Agripina Hurtado, membro do Comitê de Mulheres da ISP na Colômbia.

Na Alemanha, Ver.di, afiliada da ISP que cobre o setor de energia e água, organizou uma conferência internacional sobre o tema água e as mulheres em cooperação com várias organizações femininas de defesa do meio ambiente. Esta conferência lançou um chamado para que reconheçam o direito humano à água, informou Vera Morgenstern, do Departamento de Igualdade Ver.di e titular do Comitê Mundial de Mulheres da ISP.

Em El Salvador, a Secretária Geral do sindicato que agrupa o pessoal do setor elétrico, Roxana Deras, explicou que a privatização da água poderia ter um impacto extremamente ruim sobre o acesso a água e a capacidade das pessoas pagarem, assim como o meio ambiente. “Se requer solidariedade internacional e ações coletivas. Por isso é tão importante a campanha da ISP. O direito constitucional a água se conseguiu em alguns paises, por exemplo, no Uruguai onde o sindicato do setor de água FFOSE contribuiu para essa conquista. O acesso à água é um degrau essencial no caminho à igualdade de gênero e justiça social”.

A Internacional de Serviços Públicos é uma federação sindical internacional que agrupa mais de 650 sindicatos em todo o mundo. Representa mais de 20 milhões de empregados/as públicos em 160 países. Aproximadamente 65% dos membros da ISP são mulheres.


Para mais informações escreva para [email protected]
ou visite o site da ISP http://www.world-psi.org , que inclui uma página sobre a campanha.


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