O Conselho de Delegados Sindicais de Base do Sindsaúde-SP deliberou agora pela manhã iniciar vigília na Secretaria de Gestão Pública (rua Bela Cintra, 847, próxima ao Metrô Consolação) em protesto contra a morosidade na negociação salarial da saúde.
Cerca de 100 trabalhadores da saúde, delegados sindicais e diretores do SindSaúde-SP, munidos com barracas e sacos de dormir, vão acampar na Secretaria. Do lado de fora, outro grupo coordenará a divulgação da luta, junto a imprensa e população em geral, buscando o apoio de entidades sindicais, movimentos populares e parlamentares, inclusive os convidando a participar da vigília.
Os trabalhadores da saúde decretaram estado de greve na assembléia de 11 de abril e delegaram a definição das estratégias de luta ao Conselho de Delegados. Avaliando as pressões e as ameaças a que estão submetidos os trabalhadores nas unidades de saúde, optou-se nesse momento pela vigília, ao mesmo tempo ampliando e fortalecendo a organização dos trabalhadores em todo estado.
Para divulgar a luta da saúde à população, o SindSaúde-SP vai distribuir uma Carta Aberta falando da vigília, da campanha salarial e da luta contra o desmonte da saúde pública no estado de São Paulo.
O presidente do SindSaúde-SP, Benedito Augusto de Oliveira, faz questão de ressaltar o caráter pacífico da ação. "Não pretendemos impedir o trabalho da Secretaria de Gestão Pública ou demais órgãos que funcionam no mesmo prédio. Queremos tão somente o avanço efetivo na negociação. Há mais de 15 meses estamos nos reunindo com o Governo. Ninguém agüenta mais. A vigília está sendo a forma pacífica de despertar o Governo para a necessidade de aumentar os salários da saúde."
A expectativa do SindSaúde-SP é de que o Governo apresente uma proposta de aumento salarial o mais rápido possível. Sidney Beraldo, secretário de Gestão Pública, designada representante do Governo para negociações trabalhistas, tem reafirmado a intenção do Governo em tratar dos salários da saúde. Neste ano, já foi negociado o salário dos penitenciários, das Fatecs e do setor de pesquisa científica. Em 2007, foram reajustados os salários da Educação e da Segurança. E os trabalhadores da saúde, segunda maior categoria do funcionalismo estadual e recebendo os mais baixos salários, está sem reajuste desde 2005.
A pauta de reivindicações da categoria é basicamente a mesma entregue ao Governo em janeiro de 2007. Fazem parte de nossa pauta: 42% de reposição das perdas salariais, incorporação de gratificações, elevação do piso salarial, aumento do vale-refeição de R$ 4,00 para R$ 10,00, plano de carreira, garantia de emprego e contratação por concurso público e fim das terceirizações e organizações sociais na saúde.
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