Servidores se reúnem com secretários Gilberto Martin, da Saúde, e Maria Marta, da Administração
• Alessandro Andreola
A mobilização do dia 30 de março sensibilizou o governo do Estado, que atendeu aos pedidos de uma reunião com os trabalhadores para debater o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) da saúde.
Os secretários da Saúde, Gilberto Martin, e da Administração, Maria Marta Lunardon, receberam a direção do SindSaúde na manhã desta segunda-feira no Palácio das Araucárias.
“Este foi um passo muito grande em relação à mobilização do ano passado, em que solicitamos uma audiência com o governo mas não fomos atendidos”, afirma a coordenadora do SindSaúde, Elaine Rodella. Na reunião, a direção argumentou sobre as condições sob as quais trabalham os servidores da saúde e a importância do PCCV.
Gilberto Martin reafirmou o desejo de manter as negociações, mas se recusou a firmar prazos para se posicionar sobre o Plano. A expectativa do SindSaúde é que o PCCV seja implantado até maio deste ano, conforme o plano de ações e metas da Sesa.
A secretária da Administração, Maria Marta, classificou como importante o encontro para debater a pauta de reivindicações da categoria. Segunda a secretária, a posição do governo no momento é que já existe um plano de carreiras em vigor para os servidores, mas que não existe posição irreversível. Ela também reconheceu que o atual plano de carreira não atende às expectativas dos trabalhadores. “Se não existe posição irreversível, nossa intenção é de continuar a negociar com o governo”, afirma Elaine.
Martin afirmou que as portas da Secretaria de Saúde estão abertas para os servidores e propôs uma deliberação interna do PCCV, juntamente com os outros órgãos do governo, em especial as secretarias do Planejamento e da Administração. Para a coordenadora do SindSaúde, a Procuradoria geral do Estado também deve ser incluída no processo.
Segundo Elaine, “a direção do SindSaúde sai da reunião com o entendimento que o PCCV está na pauta do governo. Agora cabe a nós definir um prazo para cobrar qual é a proposta que o governo vai levar para a mesa de negociações”. Para ela, o compromisso assumido pela Sesa de avaliar o plano possibilita que o governo do Estado veja que as propostas dos servidores podem ser interessantes.
“Nós continuaremos a cobrar nossos direitos. Essa reunião serviu para o governo abrir as portas para os trabalhadores. O secretário Martin colocou o PCCV na pauta de prioridades da Sesa e a secretária Maria Marta teve a oportunidade de conhecer quais são nossas reivindicações”, finaliza Elaine.