Iniciou na manhã desta quarta-feira, 1 de abril, em São Paulo, no Hotel Braston (Martins Fontes 330), o seminário do coletivo nacional de Saúde Trabalho e Meio Ambiente da Central Única dos Trabalhadores. Grande parte dos membros do Coletivo representa a entidade em instâncias e fóruns de negociação tripartites ou governamentais ligados à saúde, e deverão discutir até quinta-feira (2) o perfil e as linhas de atuação da nova secretaria nacional de Saúde, que integrará a estrutura cutista a partir da próxima gestão.
O presidente do INST (Instituto Nacional de Saude do Trabalhador), Siderlei de Oliveira, abriu o debate fazendo um balanço e destacando a parceria do coletivo em construir os seminários estaduais independente das dificuldades.
"Estamos vivendo um momento importante de discussão sobre a saúde do trabalhador (a) na CUT.Primeiro pela criação da secretaria e, segundo pelo instrumento de disputa com as demais centrais que o tema proporciona. Conquistamos com a atuação do coletivo força política para criação da secretaria e essa mesma energia que devemos manter para que seu desenvolvimento seja satisfatório”, enfatizou Siderlei.
O presidente da CUT, Artur Henrique, destacou a questão fundamental para o fortalecimento da Central e apontou a necessidade de definir um plano de ação sindical que tenha como prioridade a saúde. “A aprovação e criação da secretaria nacional de saúde comprova sua importância estratégica para estrutura cutista porque ela abrange em sua discussão um tema fundamental para nós que é a Organização no Local de Trabalho (OLT). Este coletivo aqui reunido que tem acúmulo suficiente para apontar a linha de atuação e a diretrizes que a mesma seguirá”.
Segundo o diretor da CUT e do INST, Dary Beck Filho, a saúde sempre foi apontada como algo estratégico, mas tal afirmação nunca foi efetivada e a criação da secretaria nos traz esta oportunidade.
“Precisamos definir qual o perfil que daremos à secretaria para chegarmos no 10º CONCUT, que acontece em agosto, com uma idéia formalizada do que acreditamos ser prioritário. É fundamental definirmos as linhas de atuação e o papel que INST terá neste processo. Acredito que o eixo de fiscalização das normas de segurança seja importante, já que segundo pesquisas são os principais responsáveis por acidentes fatais”, salientou.
Na parte da tarde, o debate continua com o Dr. Marco Perez, médico Sanitarista (Coordenação de Saúde do Trabalhador da Secretaria Municipal de Campinas-ANS) que abordará com o coletivo as tendências políticas em saúde do trabalhador no Brasil. Na quinta-feira (2), serão organizadas as atividades do dia 28 de abril - Dia Mundial em memória das vítimas em acidente e doença do trabalho.