Representantes da Plenária Municipal e Estadual de Saúde, sindicatos, movimentos populares, usuários e parlamentares estiveram reunidos na passeada em Ato de Defesa do SUS, ocorrida hoje em comemoração ao Dia Mundial da Saúde.
A manifestação começou às 10:00 horas em frente à Secretaria Municipal de Saúde, no centro da cidade onde os representantes das instituições, dos movimentos populares como também as autoridades presentes, o deputado estadual Jamil Murad do PCdo B e o deputado estadual Simão Pedro do PT falaram para os presentes.
Maria Cícera Salles, conselheira municipal de saúde do segmento de usuários da zona Norte enfatizou sobre a necessidade de uma política de estado e não de governo. “São Paulo, foi a última cidade a municipalizar a saúde e não podemos deixar que o SUS se torne propriedade privada, ele foi criado pelo povo, para atender esse mesmo povo e tem que continuar totalmente público. O governo do prefeito Cassab, apesar de mostrar na mídia que a saúde esta funcionando, não passa de propaganda enganosa, ele está privatizando tudo sem olhar as inúmeras deficiências em cada unidade básica, onde falta tudo: médico, equipamentos, atendimento. Para se ter uma idéia, temos Unidade Básica na zona norte que não tem médico clínico há mais de dois anos. Não podemos deixar que interesses políticos falem, mais uma vez mais alto que as necessidades da população.Nossa proposta hoje, neste dia 07 de abril - Dia Mundial da Saúde- é chamar a população para esta luta, não podemos nos calar.”
Para o coordenador do departamento dos trabalhadores da saúde do Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e das Autarquias do Município de São Paulo) Leandro de Oliveira, “o debate da saúde é mais que uma luta de acesso universal. Na contramão do neoliberalismo, conquistamos na Constituição de 1988, o Sistema Único de Saúde, como uma política pública que conta com conselhos municipais, estaduais e nacionais e dos trabalhadores. Conselhos esses que servem para fiscalizar e controlar as políticas de governo e vem sendo desrespeitados porque se opõem à privatização e terceirização dos serviços de saúde em nossa cidade e em nosso Estado. Isso porque um sistema de saúde público e de qualidade não interessa a quem faz da doença uma fonte de lucros”.
Na Câmara Municipal foi entregue, através de uma comitiva, uma carta ao presidente da Câmara Antônio Carlos Rodrigues, onde os representantes das Plenárias Municipal e Estadual de Saúde reivindicam: garantia de financiamento para a saúde; fiscalização do uso do dinheiro público, respeito aos conselhos e ampliação da participação popular; respeito aos trabalhadores da saúde; pela adesão do município ao pacto da saúde.
A passeada terminou na frente do Ministério Público do Estado de São Paulo, onde esta mesma carta também foi entregue a promotora pública Ana Trota, que faz parte da GAESP- Grupo de Atenção Especial da Saúde.