Servidores exigem melhores condições de trabalho O dia 25 de agosto foi marcado pela paralisação nacional dos servidores das Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE). Em todo o país as manifestações exigem o mesmo: melhoria das condições de trabalho e a implantação de um plano de carreira para a categoria.
Os servidores do SRTE da unidade de Aracaju tem vivido uma precariedade absurda em seus locais de trabalho. “A estrutura do prédio tem infiltrações, painéis de senha estão quebrados, a higienização é péssima, faltam ar condicionado, material de expediente e outras coisas”, afirma o diretor administrativo do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Previdência Social e Trabalho do Estado de Sergipe (Sindiprev), Fernando José dos Santos.
Segundo ele, as condições estão assim desde a mudança de local da Superintendência, ocorrida em maio de 2007. “Não conseguimos nem fechar as oito horas obrigatórias de trabalho, por falta de espaço. É muita gente para pouco espaço”, diz acrescentando que já foi comprado um novo prédio, a antiga Casa do Estudante, que acomoda todos os servidores, faltando a aprovação de Brasília para reforma e mudança de um local para outro.
Outra reivindicação do sindicato é a implantação de um plano de carreira, que já está pronto, incluindo revisão salarial, ascensão profissional dos servidores e redução da carga horária (de 40 para 30 horas semanais).
“Queremos o mesmo plano implantado no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ano passado. Ele tem pontos específicos que nos envolve diretamente, tais como a questão da carga horária e as gratificações a níveis percentuais dos servidores, de acordo com a escolaridade de cada um”, diz Adailson da Silva Santos, diretor do Sindiprev.
Possibilidade de greve em Setembro
De acordo com o sindicalista Fernando José , houve uma tentativa de negociação com o Ministério do Trabalho a respeito do plano de carreira. “O plano nos foi negado. Afirmaram que já temos um, mas o que existe é, na verdade, uma tabela de realinhamento de salário. Caso as reivindicações não sejam atendidas, há possibilidade de deferirmos uma greve geral em setembro, paralisando todas as Superintendências do estado: Lagarto, Estância, Itabaiana, Propriá, Maruim, e Aracaju”, alerta.
Contraponto
Segundo a representante da Superintendência em Sergipe, Maria Inês Silva Santos, os problemas na infra-estrutura já são conhecidos. “Antigamente utilizávamos dois prédios. Fomos forçados a trabalhar em um só local, sendo que a administração funciona numa única sala em outro estabelecimento”, explica acrescentando que não há posicionamento a respeito de remanejamento de pessoal e que o número de servidores atual é insuficiente.
Em relação à liberação do novo prédio, ela diz que a SRTE aguarda decisão do Ministério do Planejamento. “Falta documentação e o prédio também precisa de reforma e de adaptação. Essas semana provavelmente teremos o retorno e a decisão definitiva”, acredita.