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Representantes de entidades médicas criticam má qualidade das faculdades

16/09/2009

Escrito por: Fonte - ALESP


Da Redação - Beth Avelar

A comissão parlamentar de inquérito constituída com a finalidade de investigar a proliferação dos cursos de medicina, assim como os efeitos desse fenômeno sobre a qualidade dos serviços prestados, ouviu nesta terça-feira, 15/9, no plenário José Bonifácio, o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, Cid Célio Jayme Carvalhaes, e o presidente da Associação Paulista de Medicina, Jorge Carlos Machado Cury. "Temos atualmente 176 faculdades de medicina no país. Na década de 60 tínhamos 35 faculdades, 30 públicas. Nos anos 70, já havia 75 faculdades de medicina, número que vem aumentando vertiginosamente nos últimos 15 anos. No início de 80, cinco mil médicos se graduavam por ano, e hoje há 350 mil profissionais na área", declarou Cid Célio Jayme Carvalhaes.

"Estou absolutamente convicto que mais de 120 faculdades de medicina não têm corpo docente qualificado, pois não houve tempo cronológico suficiente para que a escola pudesse formar um profissional na área", acrescentou. Outro problema apontado por Cid Célio é que, apesar da suposta defasagem de vagas para residência, das 26 mil existentes, somente 21 mil são utilizadas, gerando vagas ociosas, que se concentram em algumas especialidades, como pediatria e psiquiatria, por exemplo. "Então, muitos médicos sairão do curso sem residência ou com formação técnica comprometida. As vagas deveriam ser mais bem administradas, de forma a responder à demanda da comunidade", afirmou. O médico disse que o problema não se esgota na formação, pois o profissional tem de fazer cursos, congressos e seminários após a graduação. "Falta política de saúde para o país, política de educação em saúde. Também é necessário que não se esqueça as outras áreas da saúde, como enfermagem e nutricionismo", completou o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo.

CPI ouve representantes de entidades médicas

"Nos últimos anos, mais que multiplicou o número de escolas de medicina no país; abertura descontrolada que causa preocupação com a qualificação destas faculdades. Não é com a proliferação dos cursos que vamos obter uma medicina de qualidade. Um dos fatores essenciais para um bom curso de medicina é que a faculdade tenha um hospital-escola", afirmou o presidente da Associação Paulista de Medicina, Jorge Carlos Machado Cury, que se mostrou preocupado com os médicos que ingressam no mercado sem o devido preparo. Também citou a questão dos baixos salários, que obrigam o profissional a se dividir em vários trabalhos, além da mercantilização da medicina. Tanto Cid Célio quanto Jorge Cury declararam que a verba destinada pelo governo à saúde não é suficiente para a demanda, e Célio acrescentou que a verba existente é muito mal gasta.
O deputado José Augusto (PSDB) argumentou que as políticas públicas de saúde avançaram muito nos últimos 30 anos. "Houve uma mudança substancial. Hoje temos um dos momentos mais bonitos na configuração da política de saúde, um momento feliz. O que precisa é haver uma articulação entre o parlamento, as secretarias, o Ministério da Educação, os Conselhos Regionais de Medicina para que se criem leis que possam normatizar e também responsabilizar as instituições", afirmou. O deputado Celso Giglio (PSDB), presidente da CPI, destacou a importância da reunião, que, segundo ele, conseguiu contemplar pontos relevantes da questão dos cursos de medicina.
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