Prometida em assembléia na última quinta-feira (22/10), a greve dos servidores da Saúde teve início nesta terça-feira (27/10). A paralisação não tem data para terminar. Os servidores de nível médio reivindicam reajuste salarial equiparado ao concedido à categoria médica, que teve 50% da Gratificação de Atividades Médicas (GAM) incorporados ao salário, o que resultou um aumento de cerca de 25%.
A proposta de reajuste do Governo do Distrito Federal (GDF) para os servidores de nível básico e médio, alegando falta de recursos, foi de 5,4%. De acordo com a assessoria de comunicação do Sindicato dos Servidores da Saúde (SindSaúde), cerca de 18 mil servidores aderiram à greve. Entre as 104 categorias, estão laboratoristas, radiologistas, técnicos administrativos, técnicos em enfermagem e lavanderia, entre outros.
O presidente do SindSaúde, Agamenon Torres, diz que a categoria se sente discriminada. “O médico não trabalha sozinho e nós exigimos tratamento igual. Estamos dispostos a ir até as últimas consequências para fazer valer o nosso direito”, afirma. O sindicato garante que o atendimento de emergência será mantido. Somente ambulatórios e centros de saúde ficarão paralisados. Os técnicos atenderão os pacientes internados nas unidades de saúde e auxiliarão nas cirurgias.
Negociação
Agamenon Torres e diretores do sindicato vão se reunir nesta manhã com o secretário de Planejamento e Gestão do Distrito Federal, Ricardo Pena, para negociar um reajuste maior. O sindicato espera que seja apresentada nova proposta. Amanhã, às 9h, os servidores voltam a discutir em assembléia em frente à Sede Administrativa do GDF em Taguatinga, o Buritinga.