Exmo. Sr.José Serra
Governador do Estado de São Paulo
Ao longo de mais de 20 anos, os sucessivos governos do Estado vêm tratando o funcionalismo como se fosse o pior mal da sociedade. Não investem nos equipamentos, na formação, na carreira, nem estimulam a prestação de serviços públicos tão vitais para a população.
O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual é um grande exemplo. O Governo do Estado, como empregador, não contribui para a assistência médica do funcionalismo estadual.
Temos claro que nesse último período está havendo investimento, porém é muito pequeno e menor do que deveria ser a contrapartida patronal.
Hoje a panaceia tem sido terceirizar aquilo que o governo não tem capacidade de gerenciar e, depois de mais de 10 anos dessa política, nos deparamos com resultados pífios. Não alterou a qualidade do atendimento. Os recursos públicos escoaram pelo ralo. Não há transparência do investimento. Não existe prestação de contas para quem contribui. Tornou-se uma caixa preta. O Instituto tem sido usado como abrigo dos vários “parceiros”.
Como não há uma política efetiva de valorização salarial do funcionalismo e o Iamspe sobrevive da contribuição de seus usuários, os baixos salários repercutem negativamente.
Hoje a população usuária do Iamspe - envelhecida, doente, necessitada de tratamento de alta complexidade - é a prova mais cruel desses anos de descaso dos governantes do estado de São Paulo com o funcionalismo, os serviços públicos prestados e conseqüentemente a população do estado de são Paulo.
Também não podemos ficar indiferentes à inauguração de um equipamento terceirizado com exames sendo realizados fora do Instituto.
Queremos discutir o controle da instituição. O governo pode ter sua parte desde que contribua de fato como qualquer patrão.
Regina Ap. Bueno - Primeira Secretaria do SindSaude São Paulo
Celia Regina Costa -Ex-Presidente do SindSaude e a Secretaria da Mulher da CNTSS/CUT