Na manhã do dia 5 de novembro, servidores do MTE em Goiás (SRTE-GO) - e em vários estados do Brasil - compareceram normalmente a seus locais de serviço. No entanto, ao invés de atendimento à população, houve mobilização e protesto. É que, em assembléia do último dia 30, os servidores administrativos do órgão em Goiás decidiram acompanhar o movimento nacional do setor que, em 23 de outubro, havia determinado paralisação geral das atividades, no início de novembro, por tempo indeterminado. "A princípio seria apenas os administrativos. Mas, em solidariedade, até os auditores participaram do movimento no primeiro dia" informou Ademar Rodrigues, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal em Goiás (Sintsep/GO).
Os(as) servidores(as) protestam contra o descaso do governo frente às reivindicações da categoria. Desde fevereiro, quando a pauta de negociações foi entregue, oito meses se passaram e o governo não sinalizou para a formação de um Grupo de Trabalho específico para discutir os pontos de pauta, dos quais destaca-se a implantação de Carreira específica para os servidores administrativos do Trabalho. O Sintsep/GO estima que 90% dos servidores do MTE de Goiás estão paralisados. "Além da falta de condições de trabalho, o quadro de servidores é bastante defasado. Somos cerca de 150 servidores ativos nas agências de Goiânia, Anápolis e restante do estado. A maioria absoluta está paralisada", afirmou Ademar.
Paralisação atinge 16 estados
Além do estado goiano, aderiam à greve servidores(as) do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba, Mato Grosso, Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão, Sergipe e Distrito Federal.
Com a greve dos servidores, diversos serviços estão suspensos em todo o país. As SRTEs, atualmente são responsáveis pelo seguro desemprego, pelas denúncias, pela carteira de trabalho, pela confecção das carteiras de trabalho do SAC, homologações e mediações, entre outras ações.
REIVINDICAÇÕES - Além do plano de carreira, os servidores do MTE reivindicam: melhorias das condições de trabalho; regulamentação da jornada de trabalho de 30 horas semanais, sem redução de salários, com dois turnos diários para ampliar o atendimento à população; política de treinamento e capacitação permanentes; ampliação das vagas do órgão com contratação dos remanescentes do último concurso; paridade salarial entre ativos, aposentados e pensionistas; isonomia do auxílio-alimentação do Poder Executivo com o do Judiciário e retorno do regime de solidariedade nos descontos da GEAP, com valores compatíveis com os salários dos servidores (com garantia de melhoria na qualidade do atendimento).