Servidores da Superintendência Regional do Trabalho (SRTE), antiga DRT, seguem no 4º dia de greve nesta segunda-feira (16). A categoria quer melhores salários, condições de trabalho, a reestruturação do órgão e o Plano de Cargo Carreira e Salários (PCCS) específico do setor do Ministério do Trabalho.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso, Carlos Alberto de Almeida, estará de manhã em Rondonópolis para uma reunião com os trabalhadores da Funasa e de tarde com os fuincionários da SRTE para que haja adesão ao movimento.
A paralisação deve ser realizada em outros 22 estados ainda no início da semana, mas com expectativa de 100% de adesão nacional. O Sindsep-MT também espera que outras cidades de MT estejam presentes nessa manifestação. Junto ao presidente, irá um representante da SRTE de Cuiabá e um delegado será escolhido para acompanhar as negociações em Brasília.
Também continua na segunda-feira a exibição das fotos do sucateamento do órgão em Cuiabá. Com o tema "Casa de ferreiro, espeto de pau", os trabalhadores exibem retratos das más condições de trabalho a que são submetidos. A categoria alega que "por ironia do destino" o órgão responsável pela fiscalização de trabalho convive com o sucateamento de um prédio que completa quase cinco décadas.
Antes de iniciarem a greve, os servidores já vinham dando o indicativo com paralisações de 24h. Desde fevereiro a categoria aguarda um posicionamento do governo e até agora não houve acordo.O governo não apresentou nenhuma resposta às reivindicações dos servidores e, mesmo com as advertências realizadas em agosto, setembro e outubro, o Executivo continuou a ignorá-los.
O Plano de Carreira é uma antiga reivindicação dos servidores do MTE que desempenham importante função no trato das questões trabalhistas entre patrões e empregados, sendo fundamental para os servidores do Trabalho a sua implementação visando corrigir imensa defasagem salarial dando estímulo aos novos contratados que, sem essa nova carreira, já se preparam para deixar o serviço público. Os trabalhadores do MTE esperam que o governo cumpra seu compromisso de garantir essa nova carreira para os servidores administrativo do Trabalho.
Além do problema salarial e da falta de incentivos para a qualificação, os servidores lutam por melhores condições de trabalho e também pela contratação de mais concursados, para melhorar o serviço oferecido à população.