A Subdelegacia Regional do Trabalho de Presidente Prudente, que pertence ao Mistério do Trabalho e Emprego (MTE), aderiu à mobilização nacional por tempo indeterminado que busca a regularização de uma defasagem histórica nos salários e um plano de carreira para a categoria. Os servidores iniciaram nessa terça-feira (10) a paralisação cuja principal reivindicação é o reajuste salarial. Na cidade, somente o serviço de fiscalização esta funcionando normalmente.
Segundo a chefe do setor de relações do trabalho do MTE em Prudente, Silvana Vianna Passarello, a greve é uma luta contra uma defasagem histórica que acontece desde o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Essa greve é o resultado da falta de acordo com os servidores, estamos nesse impasse desde o governo FHC e mesmo no governo Lula nada foi acertado", explica.
Em Prudente, estão paralisados todos os serviços de protocolo, emissão de Carteira do Trabalho e entrada no seguro-desemprego. Somente os serviços de fiscalização estão funcionando normalmente.
As principais reivindicações dos servidores públicos federais do Mistério do Trabalho são a implantação de um plano de carreira específico, melhorias das condições de trabalho, regulamentação da jornada de trabalho de 30 horas - estabelecendo dois turnos de 6 horas diárias com o objetivo de ampliar o atendimento à população -, política de treinamento e capacitação permanentes, contratação dos remanescentes do último concurso e paridade salarial entre ativos, aposentados e pensionistas.
De acordo com Silvana, a greve é por tempo indeterminado e prossegue até que haja um acordo. Ainda nesta quarta-feira (11) representantes do governo e do MTE se reúnem para retomar as negociações.
Caso não houver acordo, a previsão é que até o próximo dia 16 de novembro todos os servidores públicos federais do MTE do País paralisem, motivo que, segundo ela, chamará atenção dos governantes. "Alguns estados já paralisaram no dia 5 deste mês, mas o Estado de São Paulo só aderiu ontem [terça-feira]. Estamos todos por tempo indeterminado, queremos que isso se resolva de uma vez, mas caso nada seja decidido a previsão é que a paralisação se estenda a todos os servidores MTE de todos os estados do País", afirma.
Somente neste ano duas paralisações foram realizadas pelos servidores federais, uma de 24 horas no dia 1º de outubro e outra de 48 horas em 15 e 16 do mesmo mês, na qual também participaram funcionários da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Advocacia-Geral da União (AGU), do Judiciário, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), dos ministérios da Agricultura, Fazenda, Cultura, Saúde e do Trabalho e Emprego, do Ibama e das agências reguladoras.