Nesta quinta-feira os bancos voltam a funcionar normalmente das 11 horas ás 16 horas. Depois de uma assembleia geral realizada na noite de ontem, bancários de todo o país aprovaram a proposta da Fenaban, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasi, e resolveram encerrar a greve que durou 15 dias.
O presidente do Sindicário (Sindicato dos Bancários de MS, Campo Grande e Região), Clementino Pereira, destacou a importância da união para atingir os objetivos. “Neste ano, em duas semanas de greve conseguimos fortalecer o nosso movimento, que já é reconhecido como o maior dos últimos 20 anos. Fechamos 8.187 agências bancárias em todo o país. Isso só foi possível graças a organização dos sindicatos, federações e confederações aliados à força de vontade dos bancários (as) que participaram ativamente em busca de melhorias”, enfatiza.
A greve dos bancários durou 15 dias e paralisou mais de 8 mil agências em todo o país.
Segundo a assessoria do sindicato, a proposta da Fenaban inclui reajuste de 16,33% nos pisos (aumento real de 11,54%), reajuste de 7,5% (aumento real de 3,08%) para quem ganha até R$ 5.250 (o que engloba 85% da categoria) e em todas as verbas salariais, incremento na PLR e inclusão na Convenção Coletiva, pela primeira vez, de mecanismos para combater o assédio moral no trabalho e a falta de segurança nas agências.
A Caixa Econômica e do Banco do Brasil propuseram 7,5% de reajuste para todos, sem teto, sobre todas as verbas.
Na Caixa Econômica Federal o reajuste para o piso de ingresso é de 10,19%, o que eleva seu valor para R$ 1.600 durante o estágio probatório. Após os 90 dias de trabalho o funcionário muda da referência 201 para 202, o que significa um reajuste de 12,74% no piso salarial. Essa mudança é significativa, pois até então ela ocorre somente após dois anos de trabalho. Nas demais referências, além dos 7,5% de reajuste, será agregado um valor Linear de R$ 39,00, o que resulta em reajustes que variam de 8,4% a 12,74%.
No Banco do Brasil além da valorização do piso em 13% que passará a valer R$ 1.600, a proposta inclui avanço no PCCS com a implantação do PCR (Plano de Cargo e Remuneração) e manutenção do atual modelo de PLR, considerando ainda a inclusão de mais 17 mil novos funcionários, o que distribuirá ao escriturário, por exemplo, o valor de R$ 3.118,08 referente ao primeiro semestre de 2010, entre outras questões listadas na íntegra da proposta.