CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > ACONTECE > TRABALHADORES E TRABALHADORAS FORAM ÀS RUAS DAS CAPITAIS DO PAÍS CONTRA JUROS ALTOS
31/07/2024
A atual taxa da Selic (os juros oficiais do país), determinada pelo Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto, um neoliberal convicto que defende os interesses dos bancos e instituições financeiras, vem impedindo o crescimento econômico do Brasil: paralisando obras sociais e geração de empregos, endividando famílias e impedindo realizações de programas fundamentais para o trabalhador e trabalhadora.
A cada 45 dias, a diretoria do BC se reúne para definir qual o valor que a taxa vai ficar para o próximo período. Hoje (30) foi o dia que começou essa reunião e a previsão é de que a nova Selic seja anunciada amanhã (quarta-feira). Por isso que a CUT e as demais centrais programaram atos nas cidades em que há representação da instituição financeira.
Confira
São Paulo
Em São Paulo, a manifestação por “Menos Juros, mais emprego”, foi na Avenida Paulista, em frente ao prédio do BC, e chegou a paralisar uma das vias do local. O presidente da CUT nacional, Sério Nobre, foi taxativo: “Essa política de juros altos foi derrotada nas eleições de 2022. Campos Neto, se tivesse decência, teria entregado o cargo junto com Paulo Guedes e o inominável", afirmou.
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Paraná
Em Curitiba, no Paraná, o ato aconteceu na Praça Santos Andrade, no centro. O presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller, também não poupou críticas à Taxa Selic.
“É inaceitável a atual taxa de juros, uma das maiores do mundo. Não há política econômica que possa dar conta. O atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, está completamente desconectado da realidade. Está impedindo o crescimento, a distribuição de renda e a geração de empregos, prejudicando diretamente o Brasil e a classe trabalhadora. Estamos aqui para dizer que não é possível que nosso País continue com taxas de juro neste patamar, próximo do insustentável” disse.
Rio Grande do Sul
Em Porto Alegre (RS), o ato com a CUT-RS, federações, sindicatos e as centrais sindicais aconteceu em frente a sede do Banco Central (BC), novamente pedindo que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduza a taxa de juros Selic, que atualmente está em 10,5% ao ano e é a segunda mais alta do mundo.
“O Brasil paga mais de 500 bilhões de juros por ano, enquanto os rentistas lucram com os nossos impostos. O presidente do BC mantém essa taxa surreal porque é vendido ao sistema financeiro e a política neoliberal, e com isso freia a economia brasileira. Temos que derrotar essa política monetária”, critica o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.
Os movimentos de luta por moradia se uniram ao ato, exigindo não apenas a redução das taxas de juros, mas também a implementação de políticas emergenciais para enfrentar a crise habitacional agravada pelas enchentes de maio que devastaram o Rio Grande do Sul. Os manifestantes criticaram a omissão dos governos estadual e municipais na assistência às vítimas das inundações, ressaltando a necessidade urgente de ações concretas para garantir moradia digna e segura para todos. A mobilização fez uma conexão entre a crise financeira e a crise habitacional, clamando por uma resposta governamental que aborde ambas as questões com a seriedade que a situação requer.
Ceará
Já em Fortaleza, no Ceará, a manifestação começou às 9 da manhã em frente ao prédio do Banco Central. Lideranças falaram das consequências dos juros altos para a sociedade brasileira. A presidenta interina, Lúcia Silveira, afirmou que “Tá na hora dele [Campos Neto] entender que os trabalhadores escolheram em 2022 um projeto político que prevê crescimento econômico com distribuição de renda e isso passa pela redução da taxa Selic. Nossa luta vai continuar”.
Piauí
Em Teresina (PI), a CUT realizou um ato público contra os “Juros Altos e Contra a Falta de Ônibus”, na capital . O ato foi na Praça São Pedro, no Bairro Poty Velho.
Paraíba
Na capital João Pessoa, o ato contra os juros altos também foi em frente à sede da Caixa Econômica Federal, que fica na Rua Miguel Couto, nº 221 – Centro.
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Outras capitais
Houve ainda manifestações nas capitais dos estados do Rio de Janeiro, Bahia e Pará, além do Distrito Federal.
Luiz R Cabral | Rosely Rocha
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