CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > ACONTECE > SINDSAÚDE-SP EXIGE SAÚDE COMO UM DIREITO PARA TODOS, EM ATOS DO DIA MUNDIAL DA SAÚDE
08/04/2024
O SindSaúde-SP esteve engajado na Campanha “Minha saúde, meu direito” da Organização Mundial da Saúde (OMS), nas celebrações do Dia Mundial da Saúde deste ano. O tema foi escolhido pela organização com o objetivo de “defender o direito de todas as pessoas, em todos os lugares, de terem acesso a serviços de saúde, educação e informação, bem como à água potável, ao ar puro, à alimentação saudável, à moradia de qualidade, a condições ambientais e de trabalho decentes e a viverem livres de discriminação.”
A data é celebrada em 7 de abril, dia da fundação da OMS, em 1948, que neste ano caiu no domingo. Para garantir maior participação e engajamento às atividades no estado de São Paulo, as mobilizações foram antecipadas para a última sexta-feira (5), quando os profissionais da saúde estadual, organizados pelo SindSaúde-SP, e demais entidades que compõe a Frente Ampla em Defesa do SUS, fizeram dois atos na capital paulista.
O primeiro, em frente à Secretaria Municipal de Saúde, e o segundo, em frente à Secretaria de Estado da Saúde. Em ambos, além de destacar os problemas de acesso à saúde, por conta das longas filas de espera para consultas eletivas e exames, superlotação dos serviços de pronto atendimento, sobrecarga dos profissionais que atuam no serviço, ampliação das terceirizações, foi abordado o sucateamento dos serviços de controle de endemias, tanto âmbito municipal quanto estadual, o que reflete diretamente no aumento do número de casos de dengue em todo o estado. Isso expõe a população a uma doença que contaminou mais de 465 mil pessoas e matou 221 somente este ano.
Na ocasião, foi distribuída a Carta Aberta em Defesa do SUS (clique aqui para ler na íntegra), que trata dos avanços que tivemos na saúde em todo o Brasil com a saída do governo negacionista e a chegada de um governo que acredita na ciência, mas também reitera que ainda há muito a se fazer, principalmente diante dos retrocessos em muitos municípios e no estado de São Paulo.
Os 99 movimentos sociais, coletivos, entidades de trabalhadores, conselheiros de saúde, partidos políticos e parlamentares que assinam a carta apontam que 70% da verba da saúde é destinada às Organizações Sociais e avaliam que a falta de regras e de diretrizes nacionais para o controle do repasse público para essas instituições fazem mal para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para a saúde de toda a população.
A Frente, assim como a OMS, defende que “Saúde é direito!” e que ainda há muito a avançar. Por isso, exige “atendimento digno para toda a população, respeito e controle social”.
Sem profissionais
No interior do estado, os profissionais da saúde, organizados pela regional de Marília do SindSaúde-SP e com apoio do Conselho Municipal de Assis, do Sindicato dos Bancários, Apeoesp e representantes da Frente em Defesa da Democracia, realizaram um ato em frente ao Hospital Regional de Assis, também na sexta-feira.
Os manifestantes defenderam as bandeiras da OMS e a contratação de mais profissionais para o equipamento para reduzir a sobrecarga e atender à demanda da região.
Atualmente, há um déficit de 369 profissionais no hospital. Ou seja, quase 40% a menos, se levar em consideração os 929 trabalhadores e trabalhadoras que atuavam no local em 2015.
Sem o número adequado, parte do serviço está suspenso, leitos foram fechados e a população que precisa de atendimento fica cada vez mais desamparada. O SindSaúde-SP recebeu informações dos trabalhadores que na unidade chega a faltar dipirona, medicamento que geralmente é a primeira opção para casos de febre e dor.
Durante a manifestação, o SindSaúde-SP ampliou a divulgação do abaixo-assinado que exige que a SES contrate mais profissionais para recompor o quadro funcional.
Para saber mais, acesse:
SindSaúde-SP na Mídia: Ato do Dia Mundial da Saúde em Assis repercute em jornal regional
SindSaúde-SP pede apoio na luta por abertura de concurso público
Fonte: https://encr.pw/rLvyW
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