CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > ACONTECE > AGENTES DE COMBATE AS ENDEMIAS: PROFISSÃO PERIGO
06/04/2023
Em recente publicação do trabalho científico pela doutora Ariane Leites Larentis. do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana/Escola Nacional de Saúde Pública/Fundação Oswaldo Cruz (Cesteh/ENSP/Fiocruz), denominado “Estudo do impacto à saúde de agentes de combate às endemias/guardas de endemias pela exposição a agrotóxicos no estado do Rio de Janeiro”, ficou constatado que exercer o ofício de agente combate às endemias é um risco de morrer precocemente.
O trabalho foi publicado no SUMÁRIO EXECUTIVO 2022 - Encontro Científico de Pesquisas Aplicadas, publicação do Ministério da Saúde. A pesquisa registrou que a idade média de morte dos agentes de combate às endemias no Rio de Janeiro é de 55 anos, enquanto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a idade média para mortes na população brasileira é de 78 anos. Dos óbitos registrados no período pesquisado 75 % dos trabalhadores morreram em idade produtiva.
São instituições parceiras da pesquisa que ainda está em andamento as seguintes: Instituto Nacional de Câncer (INCA); Instituto Aggeu Magalhães - Fiocruz Pernambuco (IAM/FIOCRUZ PE); Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio - Fiocruz (EPSJV/FIOCRUZ); Universidade Federal do Estado Rio de Janeiro (UNIRIO); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Campus Zona Oeste (UERJ-ZO); além de entidades sindicais.
"Na minha opinião, a pesquisa é importante para fazer o debate com o governo sobre os nossos direitos negligenciados ao longo dos anos e da necessidade de avançarmos na reparação aos danos causados aos trabalhadores e trabalhadoras, através de um plano de saúde integralmente custeado pelo Governo, aposentadoria especial aos 25 anos com paridade e integralidade, instituição de pensão mensal vitalicia por exposição as substâncias carcinogenicas, afirmou Sandro Cezar, agente de combate as endemias, dirigente do SINTSAUDERJ e Presidente da CUT no Estado do Rio de Janeiro.
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