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Seria a atual gestão da GEAP uma grande FAKE NEWS?

14/09/2021

Apesar de enquadrada formalmente como “autogestão”, a Geap é administrada de maneira vertical, de cima para baixo, com baixa transparência e de forma autoritária

Escrito por: Sintfesp Go/To

 

Seria a atual gestão da GEAP uma grande FAKE NEWS?

 

“Desde 1945 cuidando da saúde dos servidores públicos ativos, aposentados e familiares, a Geap Autogestão em Saúde é uma das mais importantes operadoras de planos de saúde do Brasil para servidores públicos (...). Sem fins lucrativos, a Geap reverte todos os seus recursos para a assistência integral dos seus mais de 300 mil beneficiários. É a operadora que agrega o maior número de idosos, com a maioria da carteira de beneficiários composta por pessoas a partir de 60 anos. A Geap se orgulha de cuidar da saúde de quase 500 brasileiros que já passaram dos 100 anos, são guardiões da experiência histórica brasileira e precisam de uma atenção especial nesta fase da vida”. (site da GEAP)

 

Esse texto lindo está no site da Geap. Mas não corresponde mais à realidade.

 

A verdade é que a Geap transformou-se num grande transtorno, motivo de profundo sofrimento para a maioria de seus (des?)assistidos. Apesar de se dizer “sem fins lucrativos”, atua com a mão no chicote. Faz da matemática financeira e dos cálculos atuariais números frios. Seus estudos “técnicos” nunca consideram o que as pessoas podem pagar. Apesar de enquadrada formalmente como “autogestão”, a Geap é administrada de maneira vertical, de cima para baixo, com baixa transparência e de forma autoritária! Hoje quem manda lá é um General, filhote do Capitão que desgoverna o nosso Brasil!!!

 

A consequência dessa postura?

 

A cada ano mais e mais pessoas, a maioria delas no momento da vida em que mais precisam de um plano de saúde, são expulsas da GEAP por absoluta falta de condições financeiras para pagar. De 800 mil beneficiários, atualmente conta com pouco mais de 300 mil assistidos.

 

Mas o que está ruim pode piorar?

 

Pode! A Geap anunciou novo reajuste da contribuição, de 17%, já a partir de setembro! Mais: decidiu unilateralmente romper com acordos assinados em 2018 e 2019 por suas próprias direções executiva, administrativa-financeira e por sua assessoria jurídica. Falamos da resolução 492/2021, que anula as resoluções 341/18 e 351/19. Na prática, a Resolução 492 restabelece a cobrança de um percentual de 13,55% que havia sido abolido nos acordos daqueles dois anos, percentual este que, atualizado, poderia chegar a 17% (outros 17)

 

As duas resoluções -- 341 e 351 -- foram aprovadas à época pelo CONAD/GEAP, tendo como base estudos técnicos produzidos pela própria GEAP, e em diálogo com as entidades representativas dos servidores. Os estudos demonstraram que o acordo era interessante para ambas as partes! Repetimos: com a total anuência da direção da GEAP, que agora rói a corda e rompe com os acordos!!!

 

Detalhe sórdido: em novembro deve ser anunciado novo reajuste na contribuição, que passaria a valer a partir de fevereiro de 2022.

 

E aí, tem solução?

 

Para a diretoria colegiada do SINTFESP-GO/TO, é preciso “abrir a janela e deixar o sol entrar”. Ou seja, não podemos esmorecer. Precisamos nos unir, resistir e lutar!

 

Ação Civil Pública

 

E é com esse espírito que nossas entidades nacionais, FENASPS, CNTSS e CONDSEF, irmanadas aos sindicatos, vão acionar na Justiça a Geap, ou seja, ajuizarão uma AÇÃO CIVIL PÚBLICA visando restabelecer os acordos que a própria direção do plano de saúde assinou e, portanto, anular a resolução 492. Paralelo a isso, continuamos nossa luta para que a GEAP cobre um valor de contribuição compatível com a nossa condição salarial.

 

E os assistidos, como estão?

 

Apesar dessa situação nacional, o SINTFESP-GO/TO tem buscado o diálogo com a GEAP em Goiás. Na semana passada reuniu-se recentemente com o Gerente Regional, Fabrício Guimarães Machado; a Gerente de Serviços, Elisabete Godinho; e Gustavo Lorencetti, da equipe de autogestão.

 

O sindicato quis saber como está a situação dos assistidos em nosso estado. Apesar de amistosa, a reunião teve pouco resultado prático, como era de se esperar. A equipe diretiva local da Geap alega não poder opinar e agir em relação a praticamente nada! Justifica quase tudo como sendo de responsabilidade da Diretoria Executiva. Em âmbito local, naquilo que seria de sua alçada, a gerência regional fala que tem o melhor serviço prestado aos assistidos, os melhores e mais competentes funcionários.

 

Ou seja, tudo estaria mil maravilhas. O que não é verdade!!!!

 

Seria FAKE a atual gestão da GEAP?

 

Para contrapor a essa situação, lutamos por:

 

  • Paridade na contribuição (governo pagar no mínimo 50%)
  • Mensalidade com valor justo!
  • Reajuste salarial já para todos os funcionários públicos!
  • Fora Bolsonaro!

 

 

SINTFESP-GO/TO

Diretoria Colegiada

 

Goiânia, setembro/2021

 

 

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