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Estudo da Fiocruz mostra esgotamento de profissionais de saúde

16/04/2021

Mais de 90% dos profissionais de saúde admitiram que as falsas notícias são um verdadeiro obstáculo no combate à Covid-19

Escrito por: Sindsaúde SP

 

A pesquisa “Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19”, conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e divulgada na segunda-feira (22/03), mostra que a crise sanitária afetou a vida de 95% desses profissionais. Além disso, quase metade deles admitiram excesso de trabalho no período, com jornadas que superaram as 40 horas semanais, e 45% disseram que têm mais de um emprego para conseguirem sobreviver.  

 

O estudo, que teve a participação de 25 mil pessoas, também indica que 43,2% dos profissionais de saúde não se sentem protegidos no trabalho de enfrentamento da Covid-19. O principal motivo, para 23% deles(as), está relacionado à falta, à escassez e à inadequação do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Conforme o levantamento, 64% deles(as) revelaram a necessidade de improvisar EPIs.

 

Os profissionais que responderam à pesquisa também afirmaram ter medo de se contaminar no trabalho (18%), ausência de estrutura adequada para realização da atividade (15%), e fluxos de internação ineficientes (12,3%).

 

O despreparo técnico dos profissionais para atuar na pandemia foi citado por 11,8%, enquanto 10,4% denunciaram a insensibilidade de gestores para suas necessidades profissionais.

 

Saúde - Os profissionais entrevistados também relataram perturbação do sono (15,8%), irritabilidade/choro/distúrbios em geral (13,6%), incapacidade de relaxar/estresse (11,7%), dificuldade de concentração ou pensamento lento (9,2%), perda de satisfação na carreira ou na vida (9,1%), sensação negativa do futuro/pensamento negativo, suicida (8,3%) e alteração no apetite/alteração do peso (8,1%). 

 

Ambiente - Quando questionados a respeito das principais mudanças na rotina profissional, 22,2% declararam conviver com um trabalho extenuante.

 

Também relataram desvalorização pela própria chefia (21%), a grande ocorrência de episódios de violência e discriminação (30,4%) e a falta de reconhecimento por parte da população usuária. Somente 25% se sentem mais valorizados.

 

Fake news e força de trabalho - Mais de 90% dos profissionais de saúde admitiram que as falsas notícias são um verdadeiro obstáculo no combate à Covid-19.

 

Os dados revelam também que, durante a pandemia, a maioria dos profissionais é feminina (77,6%). A maior parte da equipe é formada por enfermeiros (58,8%), seguida pelos médicos (22,6%), fisioterapeutas (5,7%), odontólogos (5,4%) e farmacêuticos (1,6%), com as demais profissões correspondendo a 5,7%.

Cerca de 25% deles foram infectados pela Covid-19.

 

 

 

 

Fonte:  https://bit.ly/3mRjc39

 

 

 

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