CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > ACONTECE > MP QUESTIONA GOVERNO DORIA POR VACINAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS
02/02/2021
A vacinação de profissionais de saúde do Hospital das Clínicas de São Paulo virou alvo de questionamento do Ministério Público. Conforme reportagem publicada na sexta-feira (22/01) pelo jornal “Folha de S.Paulo”, o MP quer saber por que o governo não está priorizando os trabalhadores da linha de frente da Covid-19 na vacinação. Ou seja, há gente furando a fila da vacinação no hospital.
De acordo com o questionamento do MP, o HC - ligado à Universidade de São Paulo (USP) e, portanto, ao governo do estado - não estaria obedecendo o critério previamente estabelecido de vacinar primeiro as trabalhadoras e trabalhadores que estão cuidando diretamente de pacientes com Covid, e não os demais.
Como não há doses suficientes da vacina Coronavac para todas as trabalhadoras e trabalhadores da saúde, o governo do estado teve que mudar o calendário de vacinação. Por isso, ficou estabelecido que os profissionais mais vulneráveis ao contágio, seriam os primeiros a serem imunizados.
Ofício
Mas não é o que está ocorrendo, conforme apontou o MP. Segundo a reportagem, a promotora Dora Martin Strilicherk enviou ofício ao secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, questionando por que estão sendo vacinados profissionais que não estão lidando diretamente com a Covid-19.
No ofício, ela diz que o “Hospital das Clínicas (tal como os demais hospitais-escola do estado), não obstante sua importância e o grau de excelência de seus profissionais, é apenas mais uma da extensa rede de saúde paulista, devendo se sujeitar a todas as regras e critérios definidos para a vacinação no estado de São Paulo, sem privilégios ou discrepâncias em relação aos parâmetros estabelecidos aos demais”.
Ainda segundo a reportagem, estariam sendo vacinados funcionários do hospital do setor administrativo e alguns que estão trabalhando de suas casas.
O HC já teria imunizado 24 mil pessoas dos seus 40 mil funcionários, o que corresponde a 60% do quadro de trabalhadoras e trabalhadores.
Outro lado
A Secretaria de Estado da Saúde disse à reportagem que foi notificada pelo Ministério Público e que prestará todos os esclarecimentos necessários dentro do prazo.
Fonte: https://bit.ly/3jbIcjC
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