CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > ACONTECE > SERVIDORES DO INSTITUTO RAUL SOARES FAZEM PARALISAÇÃO E PROTESTO PARA COBRAR MEDIDAS DO GOVERNO ZEMA
05/05/2020
Os trabalhadores do Instituto Raul Soares participaram da mobilização dos servidores da Fhemig e realizaram paralisação nesta segunda-feira (04/05) para exigir que o governo responda às reivindicações da categoria. Das 08 às 14, foi montada escala mínima de atendimento e os servidores foram para as ruas, na portaria da unidade, protestar contra o descaso do governo Zema. Além das reivindicações gerais, como o fornecimento de Equipamento de Proteção Individual (EPI), extensão da gratificação concedida apenas aos médicos durante o atendimento à pandemia, a exigência de transparência dos dados referente aos trabalhadores no enfrentamento à COVID-19, pautas da unidade também são apresentadas para serem negociadas. A infraestrutura precária do IRS é ainda mais agravada com a sobrecarga de trabalho ocorrida com a transferência de pacientes do Hospital Galba Veloso imposta pela Fhemig.
A paralisação faz parte do movimento dos servidores da Fhemig que cobra a extensão da gratificação emergencial da pandemia para todos os trabalhadores estaduais da saúde; o retorno dos leitos psiquiátricos do Hospital Galba Velloso e a reabertura do HGV-Ortopédico; afastamento imediato dos trabalhadores do grupo de risco, sem perdas salariais; fornecimento de EPIs para todos os profissionais da saúde; representação dos trabalhadores no Comitê do Plano de Prevenção e Contingenciamento à COVID-19.
As reivindicações dos trabalhadores foi protocolada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG) no dia 10 de abril e até hoje o governo não retornou à categoria. “Nós não temos acesso aos dados. Não sabemos quantos trabalhadores foram infectados, nem sobre os afastados. Inclusive não estão sendo afastados os profissionais do grupo de risco”, denuncia a diretora do Sindicato Neuza Freitas.
Em relação à pauta específica do IRS, a diretora Neuza Freitas afirma que são soluções simples para a gestão. “Parece que falta boa vontade da Fhemig. Falta água para os servidores beberem e não tem banheiro de acesso aos profissionais. A Fundação não disponibiliza treinamento e nem reunião com os trabalhadores. Tem servidor que trabalha no hospital há mais de dez anos e nunca conheceu o diretor do hospital,” diz Neuza sobre alguns dos itens da pauta específica do Raul Soares.
As paralisações devem ocorrer em outras unidades da Fhemig. Amanhã (05), os trabalhadores da Colônia Santa Izabel irão fazer o movimento paredista na unidade e ainda nessa semana os servidores do Hospital Alberto Cavalcanti farão assembleia local para definir sobre as reivindicações.
http://sindsaudemg.org.br/index.php/fhemig/3645-2020-05-04-22-09-32.html
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