Servidores da saúde de diferentes órgãos e cidades se reuniram em assembleia geral na tarde desta terça-feira (10.05) para dar início às mobilizações da categoria por reajuste salarial, criação da data-base, redução da jornada de trabalho e melhoria nas condições de trabalho, entre outras reivindicações. Para dar continuidade ao movimento, foi aprovada uma nova assembleia geral com paralisação para o dia 30 de maio, na qual serão discutidas as propostas que o governo apresentará para o Sind-Saúde na manhã do mesmo dia 30.
Os presentes à assembleia, realizada no pátio da ALMG, demonstraram que os servidores da saúde já não agüentam mais essa política de sucateamento e desvalorização do serviço público, de modo que estão unidos para que o governo enfim conceda o que os trabalhadores merecem. “Nós temos que mostrar que a saúde não está satisfeita, temos que ir às ruas e construir a mobilização. A resposta do governo será proporcional à nossa pressão”, reforçou o diretor do Sind-Saúde, Paulo Carvalho. De fato, todas as conquistas que os servidores da saúde conquistaram no passado foram fruto de muita manifestação, como o reajuste dos trabalhadores da Unimontes em 2010 ou a gratificação para os profissionais da Funed.
Os trabalhadores demonstraram disposição para pressionar o governo e irão paralisar as atividades para lotar o pátio da ALMG no dia 30 de maio.
Governo adia respostas definitivas
Na assembleia foram repassados os informes das respostas dadas pela Seplag ao Sind-Saúde em reunião realizada na manhã desta terça na Cidade Administrativa para discutir a pauta de reivindicações da saúde - entregue pelo sindicato no início de abril. Além da subsecretária de gestão de pessoas, Fernanda Ciqueira Neves e do secretário adjunto de saúde, Wagner Eduardo Ferreira, estiveram presentes nesta reunião com a diretoria do Sind-Saúde o presidente da Funed, Augusto Monteiro Guimarães, o presidente da Fhemig, Antônio Carlos de Barros, o diretor de planejamento e finanças da Hemominas, Marcelus Fernandes Lima e um assessor da reitoria da Unimontes.
A subsecretária de gestão e o secretário adjunto de saúde garantiram que no dia 1º de junho apresentarão para a Comissão de Negociação Sindical propostas com relação ao reajuste salarial, à definição da data-base e à política remuneratória de uma forma geral. O Sind-Saúde aguarda que a Seplag faça valer o tão propagandeado crescimento de Minas dividindo esse sucesso com os servidores públicos.
Sobre a revisão do plano de carreira, os representantes da Seplag solicitaram a elaboração de um documento constando a proposta do Sindicato para que cada ponto seja cuidadosamente analisado. O diretor do Sind-Saúde de Montes Claros entregou a proposta da Unimontes e da UEMG, sobre a qual a Seplag dará a resposta dentro de 10 dias - mesmo prazo para responder às outras propostas a partir da data em que o Sind-Saúde entregar o documento, o que deve ocorrer em uma semana.
Com relação ao oferecimento de serviço de creche para os filhos das servidoras, sobretudo daquelas lotadas na Cidade Administrativa, os representantes do governo garantiram que este tem boa vontade em atender e está analisando soluções de acordo com os perfis das servidoras e com os espaços disponíveis. Garantiram que irão estudar a possibilidade da concessão de auxílio-creche até a resolução do problema.
Outro importante debate na reunião foi sobre concursos públicos. Segundo a subsecretária Fernanda, até julho os mais de 3 mil aprovados no concurso da Fhemig serão chamados - e que eles é que irão substituir os contratados, tendo em vista determinação do Ministério Público. E, de acordo com o presidente da Funed, já há indicativo para a realização de seleção pública para a Funed.
Continuidade
O Sind-Saúde cobra enfaticamente do governo o cumprimento das promessas e, caso no dia 30 de maio as respostas dadas não estejam à altura do que o funcionalismo merece e necessita, a pressão continuará e certamente crescerá cada vez mais.
É importantíssima a participação dos servidores da saúde na assembleia do dia 30, para que, diante das respostas do governo, os trabalhadores decidam democraticamente qual o próximo passo a ser dado nesta Campanha Salarial 2011.