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SindSaúde MG reúne-se com futuro secretário da saúde e expõe a grave situação dos trabalhadores

18/12/2018

Na reunião com o futuro secretário de saúde foi reiterada a pauta dos trabalhadores que foi entregue e encaminhada à equipe de transição com as principais reivindicações

Escrito por: SindSaúde MG

 

Servidores da saúde manifestaram e dialogaram com a população na segunda-feira (17/01), quinto dia de greve da categoria. Enquanto isso, a direção do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG) reuniu com o futuro secretário de saúde do governo Zema, Wagner Ferreira, na sede da CUT/MG. A reunião foi um pedido do próprio Wagner Ferreira. A ideia é que a equipe de transição acompanhe as reivindicações do movimento e também conheça a realidade de descaso que se encontram os servidores.

 

O Sindicato recebeu por volta das 10h30 um e-mail com a Liminar da Justiça que questiona a greve dos trabalhadores, porém o departamento jurídico do Sindicato contesta a Liminar no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), comprovando que foram cumpridas todas as exigências legais. Diante disso, o movimento irá continuar e uma nova assembleia da categoria está marcada para a próxima quarta-feira (19/12), dia que o governo anunciou que dará um posicionamento sobreo pagamento do 13º. O Sindicato compreende que a mobilização da categoria para essa data é fundamental para pressionar o governo em respeitar os direitos dos trabalhadores da saúde.

 

Na reunião com o futuro secretário de saúde, a pauta dos trabalhadores que foi entregue e encaminhada à equipe de transição com as principais reivindicações, o que inclui plano de carreiras, redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais sem redução dos salários, além da regularização do pagamento integral do salário e 13º e a nomeação dos concursados da SES, conforme previamente acordado com programa de governo do Zema durante a campanha eleitoral de segundo turno.

 

Nas explanações iniciais, o secretário fez uma retrospectiva de sua vida profissional e se mostrou defensor do Sistema Único de Saúde (SUS) e também falou de como foi sua aceitação para assumir a secretaria de saúde e disse que o governo Zema deu carta branca para que ele construa uma equipe técnica composta por servidores de carreira para gerir a saúde mineira.

 

Com relação as suas perspectivas, o futuro secretário afirmou ter conversado com o novo governador sobre a necessidade de manter a rede pública de atendimento à saúde, especialmente com relação aos hospitais da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) com a possibilidade de implementar parcerias públicas com municípios em que se encontram hospitais regionais que ainda tem obras inacabadas. Explicou assim a intenção de buscar formas para terminar as obras dos hospitais que estão paralisadas. Também disse que trabalhará para investir o mínimo constitucional de 12% do orçamento em saúde.

 

Além disso, demonstrou que fará uma gestão respeitosa junto às entidades representativas e Conselhos de Saúde. Por fim, Wagner Ferreira se prontificou a fazer mediação junto ao atual governo no sentido de atender a principal reivindicação que deflagrou o movimento paredista na última quinta (13/12). O futuro secretário de saúde informou ao Sind-Saúde que se reunirá com o governador eleito Romeu Zema e irá apresentar o resultado da reunião com o Sindicato. Também irá certifica-lo das pautas de reivindicações da categoria. Além disso, fará uma intermediação com o atual governo para solução definitiva dos pleitos dos trabalhadores do Sistema Estadual de Saúde e Unimontes em greve. O futuro secretário dará retorno ao Sind-Saúde sobre o encontro com o governador eleito e os encaminhamentos ainda hoje.

 

O que já temos garantido 

 

Ajuda de custo passa para vale-alimentação e está previsto a manutenção do valor de aproximadamente R$960,00 do benefício, ou seja, R$47,00 por dia útil. Cabe ressaltar que o Sind-Saúde não abre mão do fornecimento de alimentação nas unidades hospitalares. O Sind-Saúde reforça que não pactua com perda de direitos. Além disso, no caso da Fhemig e Hemominas o governo também apresenta a proposta de adiantamento de R$2mil da segunda parcela para o dia 21 deste mês.

 

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