CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > ACONTECE > SINDICATOS E FEDERAÇÕES DA CNTSS/CUT PARTICIPAM DO 08 DE MARÇO EM TODO O PAÍS
09/03/2018
O 08 de março, Dia Internacional da Mulher, foi celebrado em todo o país, e também em escala mundial, como um momento de resistência e de muita luta por direitos civis e trabalhistas. Um fenômeno que sacudiu e chamou a atenção do planeta para as reivindicações das mulheres. No Brasil, incontáveis manifestações e atos foram realizados durante o dia reunindo um número incomensurável de manifestantes, em sua maioria absoluta de mulheres do campo e da cidade, para comemorar as vitórias conquistadas com a organização e mobilização permanentes e para chamar a atenção da sociedade sobre as várias bandeiras de lutas do movimento feminista, da classe trabalhadora, contra o golpe de 2016 e por mais democracia.
O principal ato promovido pela CUT – Central Única dos Trabalhadores na capital paulista aconteceu na avenida Paulista e reuniu mais de dez mil manifestantes. Uma grande multidão exigindo mais democracia, mais direitos, fim da violência contra as mulheres, igualdade no mercado de trabalho e de oportunidades, além de uma série de reivindicações específicas da luta cotidiana das mulheres. O ato teve início na praça Oswaldo Cruz com uma caminhada até o MASP – Museu de Artes de São Paulo. Entre as paradas realizadas pelos manifestantes houve a que ocorreu em frente à sede da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Neste momento, os manifestantes lembraram o golpe apoiado pela FIESP que levou ao poder o ilegítimo Michel Temer e seu projeto ultraconservador e neoliberal que elimina direitos, privatiza e esfacela a soberania nacional.
Dirigentes da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, entre eles o presidente, Sandro Alex de Oliveira Cezar, a tesoureira, Célia Regina Costa, e a secretária de saúde do Trabalhador e secretária Geral Adjunta da CUT Nacional, Maria Aparecida Faria, acompanharam o ato realizado na capital paulista. Também estiveram presentes lideranças de vários sindicatos da capital e da Região Metropolitana filiados à Confederação. Para a tesoureira da entidade, o ato foi muito importante por levar para a rua as reivindicações das mulheres. Segundo ela, a participação expressiva e a diversidade representadas na avenida Paulista são fatores positivos na construção da luta das mulheres e foi possível de perceber acontecendo nos demais Estados do país.
“O ato na Paulista foi um grande momento para a luta das mulheres. Tivemos um número bastante expressivo de entidades representando uma importante diversidade. Os participantes, entre eles mulheres, homens, crianças, jovens e idosos, puderam se manifestar a respeito das Contrarreformas Trabalhista e da Previdência, pedir mais democracia e investimentos públicos, divulgar o combate à toda a forma de violência contra as mulheres, cobrar igualdade de gênero no mercado de trabalho e, de forma muito intensa, manifestar o respeito ao direito da mulher sobre seu próprio corpo, como exemplo a questão do aborto. É muito rico presenciar toda esta diversidade buscando cidadania e direitos,” afirma Célia Costa.
Em artigo divulgado recentemente, a secretária de Mulheres da Confederação, Maria de Fátima Veloso, reiterou a relevância do 08 de março dentro da estratégia de lutas das mulheres de uma forma geral. Também destacou a especificidade do embate para as mulheres da Seguridade Social, pois elas são maioria nos espaços de trabalho nas áreas da Saúde, Assistência e Previdência Social. Além deste caráter protagonista, há a defesa permanente das políticas e programas desenvolvidos pela Seguridade Social. São ações que atingem prioritariamente as mulheres e estão sofrendo um desmonte sistemático por parte do governo Temer.
“A defesa do SUS está entre as prioridades que defendemos. A própria estruturação de uma rede de atendimento à mulher vítima de violência passa pelas atribuições do SUS. Os mesmos problemas de desmonte e sucateamento são reproduzidos na Previdência e Assistência Social. A Seguridade Social foi tema prioritário na Constituição Federal de 1988. Os trabalhadores(as) e movimentos sociais conquistaram importantes vitórias naquele momento e não podemos retroceder. Atualmente vemos as manobras de Temer contra o SUS e a Previdência Social com a clara intensão de entregar os dois sistemas à iniciativa privada, inclusive ao capital internacional,” destaca Veloso.
A CNTSS/CUT mobilizou seus Sindicados e Federações para participarem ativamente dos atos em suas cidades. Lideranças destas entidades e trabalhadores e trabalhadoras de suas bases foram às ruas para defender os direitos das mulheres, o combate à violência contra a mulher, o fim da desigualdade no mundo do trabalho, o fim de legislações conservadores, as lutas contra a misoginia e o feminicídio, entre tantos outros temas. Estes trabalhadores também reafirmaram a importância de mais investimentos em políticas e serviços públicos.
Fotos de algumas atividades da CNTSS/CUT pelos Estados:
José Carlos Araújo
Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT
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