Em assembleia na sede do Sindicato na sexta-feira (23/02), os trabalhadores(as) da saúde no ABC deram a largada da Campanha Salarial 2018 ao aprovarem a pauta de reivindicações a ser enviada aos grupos patronais. A Campanha tem como tema “Vamos defender o que é nosso”, ou seja, manter na Convenção Coletiva de Trabalho os direitos que estão sendo retirados pela reforma trabalhista.

 

“Está claro que precisamos combater os malefícios dessa reforma trabalhista, que só veio para prejudicar os trabalhadores e a única forma de fazer isso é estarmos unidos e organizados em torno do Sindicato”, disse o presidente da entidade, Almir Rogério Mizito.

 

A pauta deste ano contém cláusulas novas, que foram lidas, explicadas, votadas e aprovadas uma a uma; as demais cláusulas foram aprovadas em bloco. Uma das cláusulas novas estabelece que, para os não-sócios(as) terem os direitos convencionados (como por exemplo, reajuste salarial, cesta básica, vale refeição, auxílio creche, entre outros), estes terão de contribuir com a luta, através da taxa negocial ou assistencial. “Não é justo os associados contribuírem e os outros, que não contribuem, terem os mesmos direitos”, afirmou Mizito.

 

Além dessa, também foram aprovadas cláusulas estabelecendo taxa de verificação de cálculos em homologações (para garantir que o trabalhador não seja lesado na hora da rescisão do contrato); outra que prevê o retorno à mesa de negociações se entrarem em vigor novas leis, medidas provisórias, decretos ou portarias; a que regulamenta a Comissão de Trabalhadores nos locais de trabalho, entre outras.

 

Fundação do ABC – Outro ponto de pauta da assembleia foram informações sobre os dissídios coletivos da Fundação do ABC de 2016 e 2017 – os funcionários da empresa até agora não tiveram qualquer reajuste, nem salarial nem de benefícios.

 

O advogado do Sindicato, dr. Rodrigo Guedes Casali, informou que o processo de 2016 está com julgamento marcado para o próximo dia 13 de março, em segunda instância. Já o de 2017 também foi julgado e a Fundação do ABC foi condenada. “O processo de 2017 deverá seguir o mesmo caminho do de 2016, o que é uma boa notícia”, disse o advogado.