Objetivo é esclarecer sobre negociações em curso e definir novos passos do movimento
Os médicos de São Paulo realizam, no próximo dia 30, assembleia estadual para definir os próximos passos da campanha por valorização na saúde suplementar e por mais qualidade na assistência aos pacientes. O encontro será realizado na APCD a partir das 20h, e entre as propostas que podem ser colocadas em votação está a da paralisação do atendimento por tempo indeterminado aos planos e seguros-saúde que não atenderem ao pleito.
Desde a paralisação nacional, no último 7 de abril, algumas grandes operadoras têm retomado o contato com as entidades médicas. Até o momento, porém, nenhuma chegou a um valor esperado para procedimentos e consultas. Nos últimos dois meses foram procuradas para dialogar empresas de medicina de grupo, autogestões e seguradoras. No primeiro grupo estão Amil, Gama Saúde, Golden Cross, Green Line, Intermédica e Medial, seguidas pelas de autogestão ABET (Telefônica), Caixa Econômica Federal, Cassi (Banco do Brasil), Companhia de Engenharia de Tráfego, Embratel e Geap e as seguradoras Marítima, Notredame e Porto Seguro. Outras foram chamadas em diversas regiões do Estado.
Pauta - Os médicos estão há cerca de uma década sem receber reajustes de boa parte de planos e seguros-saúde, e reivindicam recomposição do valor da consulta para R$ 80 e procedimentos atualizados proporcionalmente de acordo com a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), além da regularização dos contratos com a inserção de cláusula de reajuste anual baseado no índice autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para planos individuais. Outro item essencial é o fim das pressões das empresas para que os profissionais reduzam solicitações de exames, internações e outros procedimentos - interferências abusivas que colocam em risco a saúde dos cidadãos.
Para os representantes das entidades médicas à frente do movimento, neste momento o mais importante é viabilizar ampla participação na assembleia. A presença das diferentes sociedades de especialidades é vista como essencial, pela estreita relação com o médico. “Pacientes e médicos estão insatisfeitos. Lutamos pela melhora da qualidade da medicina oferecida no País”, destaca Cid Carvalhaes, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo e da Federação Nacional dos Médicos. A participação de cada um, portanto, é fundamental para definir encaminhamentos e ações rumo à conquista das reivindicações.
ASSEMBLEIA ESTADUAL DOS MÉDICOS
Local: Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas, Rua Voluntários da Pátria, 547, Santana
Data: 30 de junho, quinta-feira - Horário: 20h
