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19/02/2016
O Sindsaúde ABC, que representa cerca de 32 mil trabalhadores(as) do setor de saúde privada em toda a região, vai deflagrar a Campanha Salarial 2016 no próximo dia 26 (sexta), em assembleia geral da categoria a ser realizada na sede do Sindicato (Av. Pereira Barreto, 1.900, Santo André) a partir das 19h30. No encontro será discutida e aprovada a pauta de reivindicações.
Para o presidente do Sindsaúde, Almir Rogério da Silva “Mizito”, este ano a Campanha assume uma importância ainda maior, tendo em vista a atual conjuntura do país. “A crise que estamos atravessando é muito mais política do que econômica, porque, na verdade, o setor da saúde privada tem apresentado crescimento nos últimos anos”, afirma o dirigente. “Não vamos aceitar aquela choradeira de sempre dos empresários”, completou.
Dieese – Para fazer a afirmação acima, o dirigente está baseado em estudo realizado pelo Dieese, a pedido do Sindsaúde. Denominado “Perfil dos Trabalhadores do Setor de Saúde Privada e Filantrópica da Região do ABC”, o trabalho fornece informações importantes sobre o mercado de trabalho formal do setor, como por exemplo, o desempenho do setor no estado de São Paulo e no Brasil, que apresenta crescimento desde 2003 (quando teve início o estudo).
Questão de gênero – Além disso, a apresentação traz outras informações relevantes, como estoque de emprego, jornada de trabalho, gênero, tempo de permanência no emprego, remuneração, número de empresas, entre outros. “Uma constatação importante, que nós já imaginávamos, mas que agora está muito bem embasada, é que a maioria esmagadora da categoria é composta por mulheres; são 78,4% do total”, diz Mizito, que completa: “Entretanto, a diferença de remuneração entre homens e mulheres no ABC é de 51,7% a favor dos homens. Em pleno século XXI, isso é revoltante”.
Pauta – Após aprovada pela categoria, a pauta será entregue a seis grupos patronais, entre eles o Sindhosp, que representa os donos de hospitais, clínicas e laboratórios particulares, o Sindhosfil, que abrange as Santas Casas e instituições como o Bezerra de Menezes, a Beneficência Portuguesa etc., e a Fundação ABC e suas mantidas, que são os responsáveis pelos trabalhadores(as) em UPAs, hospitais municipais e estaduais, casas terapêuticas, CAPS, entre outros.
As principais reivindicações são o reajuste de acordo com a inflação, aumento real (os índices ainda serão definidos), redução da jornada sem redução de salário, PLR/PRO (participação nos lucros e resultados ou participação nos resultados operacionais), 180 dias de licença-maternidade, plano de cargos, carreira e salários, fim da terceirização e jornada de 12x36 horas e pagamento dobrado em feriados.
Escrito por: Maria Helena Domingues- Jornalista do Sindsaúde ABC
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