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Sindpsi-ES convida para a Marcha das Margaridas

01/07/2015

Entre as pautas do movimento está a denúncia e o combate a todas as formas de violência, exploração e discriminação contra as mulheres

Escrito por: Sindpsi-ES

 

 

O Sindpsi-ES convida a todos para que participem da Marcha das Margaridas, que será realizada nos dias 11 e 12 de agosto, em Brasília. Essa mobilização social, realizada a cada quatro anos, tem como objetivo dar visibilidade aos direitos e proteção das mulheres no Brasil marchando por justiça, igualdade e paz no campo e na cidade.

 

Em 2015, as Margaridas voltam às ruas para lutar pelos direitos sociais, por democracia participativa e por reforma política. Além delas, integrarão o movimento a Marcha das Mulheres Negras e a 4ª Ação da Marcha Mundial das Mulheres.

 

História

 

A marcha foi criada como uma referência ao brutal assassinato, no dia 12 de agosto de 1983, de Margarida Maria Alves (1943-1983). Ela foi morta na porta de sua casa, na perspectiva de ser silenciada por poderosos latifundiários paraibanos. Trabalhadora rural, casada, mãe de dois filhos, sindicalista por 12 anos, e presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, Margarida incentivava as trabalhadoras e trabalhadores a lutarem pela garantia de seus direitos, protegidos pela legislação trabalhista.

 

Apesar das ameaças que recebia e das pressões para deixar o sindicato, ela não recuou, continuando a desagradar os poderosos da região. Em sua trajetória sindical Margarida contribuiu nas lutas contra as injustiças sociais e o analfabetismo, e militou pela Reforma Agrária e igualdade entre as pessoas do campo, da floresta e das águas. Por toda essa história, após ser assassinada, ela se tornou símbolo nacional de luta pelas mulheres e homens camponeses.

 

Confira as pautas do movimento

 

  • Fortalecer e ampliar as organizações, mobilizações e a formação sindical e feminista das mulheres trabalhadoras rurais;
  • dar visibilidade e fortalecer o protagonismo das mulheres do campo, da floresta e das águas, e ampliar sua importância na economia, na política e no campo social do processo de desenvolvimento rural voltado para a sustentabilidade da vida humana e do meio ambiente;
  • criticar o modelo hegemônico machista e levar proposições feministas;
  • democratizar os espaços políticos, visando a superação das desigualdades de gênero e étnico-raciais;
  • protestar contra a insegurança alimentar e nutricional e garantir o direito humano à alimentação adequada e à soberania alimentar.
  • denunciar e combater contra todas as formas de violência, exploração e discriminação contra as mulheres;
  • atualizar e qualificar políticas para as mulheres do campo, da floresta e das águas, considerando suas especificidades;
  • lutar pelo aperfeiçoamento e consolidação das políticas públicas voltadas às mulheres do campo, da floresta e das águas em todas as esferas.

 

 

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