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Sindsaúde GO: trabalhadores da saúde decidem que a greve vai continuar

17/04/2015

A greve que envolve todas as categorias de saúde já dura quatro dias e tem ganhado novas adesões

Escrito por: Sindsaúde GO

 

Diante da falta de empenho da Prefeitura de Goiânia em negociar e solucionar a crise, os servidores municipais da Saúde decidiram permanecer em greve e ampliar a paralisação. A decisão foi tomada durante assembleia realizada na manhã da quinta-feira (16) no Auditório Jaime Câmara da Câmara Municipal. A greve que envolve todas as categorias de saúde já dura quatro dias e tem ganhado novas adesões. O Sindicato dos Odontólogos, dos Médicos e o Samu decidiram que também vão aderir à paralisação.

 

Durante a assembleia, os detalhes da última reunião (14) entre o Sindsaúde, outros sindicatos e o Paço Municipal foram repassados aos servidores. Eles se revoltaram com o posicionamento da Prefeitura ao saberem que o prefeito só está disposto a negociar um ou dois pontos da reivindicação. Na ocasião, também foi definido o novo cronograma para os próximos dias da mobilização.

 

Cronograma

 

Às 19 horas da quinta-feira, o Sindsaúde fez um ato público em frente ao prédio do Samu Central no Jardim Goiás. O objetivo é orientar e oficializar a adesão dos trabalhadores daquela unidade.  Na sexta-feira (17), às 9 horas, também foi realizada uma coletiva de imprensa na qual serão divulgadas as próximas ações do movimento grevista e apresentado os motivos que levaram à greve. Após a coletiva, ainda haverá um novo protesto, no qual os trabalhadores farão o enterro simbólico dos vereadores que votaram contra as reivindicações da Saúde.

 

Para a presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves, os trabalhadores jamais poderão ser responsabilizados pelo caos na saúde. “O culpado por essa crise é o Prefeito que não investiu nas unidades de saúde e muito menos na valorização dos profissionais. Agora ele quer  responsabilizar o servidor pela própria incompetência. Assim como o prefeito, os vereadores também ignoraram o pedido de socorro da classe trabalhadora e contribuíram para agravar a essa situação. Esta greve já era anunciada há muito tempo e os gestores nada fizeram para mudar isso”.

 

O comando de greve voltou a visitar as unidades na quinta-feira com o objetivo de paralisar as unidades que não atendam urgência e emergência, mas que ainda estão prestando outros tipos de atendimento. No final do dia deve ser apresentado um balanço da paralisação.

 

Veja a pauta completa de reivindicação dos servidores da Saúde:

 

  • Condições de trabalho e de assistência à população;
  • Data-base 2014 e 2015 com a retroatividade;
  • Cumprimento do Plano de Carreiras, Cargos e Vencimentos (PCCV);
  • Piso nacional dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e de Combate às Endemias (ACE);
  • Auxílio – insalubridade;
  • Auxílio – movimentação;
  • Alimentação de qualidade;
  • Abono especial;
  • Manutenção do quinquênio em 10%.

 

 

 

 

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