CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > ACONTECE > ATO DO SINDSAÚDE ABC DENUNCIA DEMISSÕES E MÁS CONDIÇÕES DE TRABALHO NO HOSPITAL DR. CHRISTÓVÃO DA GAMA NA SEXTA, 6/05
05/06/2014
O Sindsaúde ABC, ao lado de outras entidades sindicais, realiza nesta sexta, 6, a partir das 10h30, manifestação em frente ao Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama, em Santo André. O ato tem como objetivo denunciar as más condições de trabalho no local e esclarecer a pacientes, usuários e população em geral como essa situação prejudica o atendimento.
Recentemente, a empresa demitiu 50 trabalhadores. As demissões acontecem em plena campanha salarial e evidenciam a decisão do hospital de cortar 20% de seu quadro de funcionários, terceirizando e precarizando serviços. O Sindsaúde ABC já promoveu assembleias no local e tentou a abertura de negociações. Mas a resposta do hospital foi registrar um Boletim de Ocorrência (BO), em evidente desrespeito à atividade sindical. Outros sindicatos também já encaminharam cartas de repúdio à direção da empresa e devem divulgar o fato em seus sites e boletins.
A gestão do Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama é hoje fatiada entre dezenas de famílias (seriam 36 no total) e, segundo denúncias dos trabalhadores, o tempo de espera dos pacientes para atendimento chega a seis horas. A marcação de exames e outros procedimentos podem ficar para depois de agosto. Ainda de acordo com os funcionários, entre janeiro e março foram realizadas ali três mil cirurgias, número muito alto se consideradas as atuais condições. Há informações de que ocorreram 1.307 procedimentos cirúrgicos somente no último mês de maio.
“Não aceitamos esse desrespeito com os trabalhadores. Reivindicações trabalhistas são legítimas, e não caso de polícia. Queremos a revogação das demissões e a abertura do processo negocial”, afirma o presidente do Sindsaúde ABC, Waldir Tadeu David. O setor da saúde privada aumentou muito seu faturamento nas últimas décadas - o próprio hospital Christóvão da Gama passou por ampla reforma, com a construção de anexo -, o que torna injustificáveis as demissões e terceirização.
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