Rafael Spuldar
O desemprego em junho deste ano ficou em 6,2%, o menor índice para o mês desde o início da série medida pelo IBGE, em março de 2002, segundo informou o instituto nesta terça-feira.
A taxa de junho não apresentou variação significativa em relação a maio, quando ficou em 6,4%, mas apresentou redução de 0,8 ponto percentual na comparação com junho de 2010, quando foi de 7%.
Segundo o IBGE, a população desocupada nas seis regiões metropolitanas pesquisadas (São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre) ficou em 1,5 milhão de pessoas em junho, praticamente idêntica à registrada no mês anterior.
Frente a junho do ano passado, a população desocupada apresentou queda de 10,4%, com 172 mil pessoas a menos à procura de trabalho.
Já a população ocupada de junho (22,4 milhões) não variou frente a maio, mas cresceu 2,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado, com 512 mil ocupados a mais.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado ficou em 10,8 milhões em junho, sem variação significativa em relação a maio, mas com alta de 6,2% na comparação com junho de 2010, com 634 mil postos com carteira assinada a mais.
Nas regiões metropolitanas pesquisadas, a taxa de desemprego não teve variações significativas na comparação com maio. Frente a junho de 2010, houve quedas em Recife (2,5 pontos percentuais), Salvador (1,8 ponto) e em São Paulo (0,8 ponto).
Empregos formais
Por sua vez, o Ministério do Trabalho e Emprego informou nesta terça-feira que junho teve a criação de 215.393 postos com carteira assinada, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O resultado representa alta de 0,58% em relação ao estoque de trabalhadores com carteira assinada registrado até então, além de ser o segundo melhor na série histórica para o mês, atrás de junho de 2008 (com 309.442).
O ministério afirma que, entre janeiro e junho, foram gerados 1.414.660 empregos formais, o terceiro melhor resultado para o período na série de saldos semestrais.
O número de admissões e desligamentos em junho foi recorde para o mês, com 1.781.817 trabalhadores admitidos e 1.566.424 desligados.
O desempenho do mês passado foi resultado da expansão de todos os setores da economia. Em termos absolutos, o principal resultado ocorreu na Agricultura, com 75.227 novos postos e crescimento de 4,60%.
Entre as regiões, o melhor desempenho foi apresentado no Sudeste, com a abertura de 124.292 empregos formais, seguido do Nordeste, com 39.953.