Cerca de 3 mil pessoas fizeram passeata que começo na Praça Afonso Arinos e terminou em frente ao Palácio da Liberdade, sede do governo de Minas. Segundo os sindicatos que organizaram o ato, o reflexo do choque de gestão é a perda de direitos e baixos salários para os trabalhadores.
Ação policial
Como em todas as manifestações contra o governo Aécio Neves, os manifestantes foram cercados pela tropa de choque da Polícia Militar, para impedir o acesso à Praça da Liberdade. O movimento conseguiu, de forma pacífica, romper o cordão de isolamento e chegar ao Palácio da Liberdade, o que não se via há muito tempo nas manifestações em Belo Horizonte.
Durante o trajeto até chegar à Praça, os trabalhadores também pararam em frente ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), onde fica o gabinete do vice-governador, Antonio Anastásia.
Reivindicações
Um dos eixos do protesto é a contra proposta sobre o reposicionamento na carreira. Segundo o diretor do Sindicato dos trabalhadores na saúde (Sind-Saúde/MG) o governo Aécio Neves prolonga desde 2005 a consolidação do plano de cargos e salários. Em 2009, o governo apresentou uma proposta que não agradou os trabalhadores. A proposta dos sindicatos é diminuir pela metade a contagem de tempo de serviço (a cada 2 anos e meio) e a progressão por escolaridade (a cada um ano).
Além disso, os trabalhadores exigem reajuste salarial. Em todas as falas durante o protesto foi comum a denúncia de salários congelados, inclusive abaixo do salário mínimo garantido constitucionalmente. Segundo os trabalhadores, toda esta situação é reflexo da implementação do “malfado” choque de gestão. O presidente da CUT-MG, Marco Antonio disse que “os trabalhadores não estão satisfeitos com a situação em Minas. O choque de gestão significa na verdade menos investimentos na educação, na saúde e na segurança”.
Publicidade
Enquanto os trabalhadores denunciam a precariedade do trabalho e salários vergonhosos, a publicidade do governo ganha aditivos orçamentários bem polpudos. Apenas nos últimos três meses a publicidade governamental gastou R$ 70 milhões.
Estado de greve
A manifestação foi considera a maior deste ano e conseguiu unificar todo o funcionalismo com a coordenação da InterSindical. Os servidores da saúde fizeram paralisação em diversos órgãos do estado para participarem da atividade e em muitos deles como na Funed e Unimontes iniciam estado de greve.