Nove capitais brasileiras - seis delas do Nordeste - registraram, em agosto, retração no custo da cesta básica, conforme apurou o DIEESE. Os recuos mais expressivos ocorreram em Natal (-3,22%), Aracaju (-3,12%), Fortaleza (-3,05%) e João Pessoa (-3,02%). Em Vitória, o valor para o conjunto de gêneros alimentícios essenciais manteve-se praticamente inalterado e sete localidades apresentaram alta, com destaque para Curitiba (2,30%) e Manaus (1,15%).
Entre janeiro e agosto deste ano, apenas duas capitais - Belém (1,83%) e Recife (1,47%) - apresentaram aumento nos preços no período. Nas outras 15 localidades o custo da cesta registrou variação acumulada negativa, com destaque para Aracaju (-13,05%), João Pessoa (-11,18%), Rio de Janeiro (-10,86%) e Fortaleza (-10,52%).
Nos últimos 12 meses - de setembro de 2008 a agosto último - 12 das 16 capitais para as quais existem dados para o período registraram queda no preço dos itens essenciais. As retrações mais significativas ocorreram em Aracaju (-9,58%), Curitiba (-8,03%), Belo Horizonte (-7,68%) e São Paulo (-6,41%). Vitória (7,26%) e Recife (5,80%) foram as cidades com maior aumento em um ano.
Os itens básicos que compõem a cesta custaram, em Porto Alegre, R$ 238,67, o maior valor entre as cidades pesquisadas em agosto. Em São Paulo, o preço da cesta correspondeu a R$ 225,69 e, em Vitória, ficou em R$ 223,09. As cidades mais baratas foram Aracaju (R$ 168,06), Fortaleza (R$ 176,57) e João Pessoa (R$ 178,12).
O salário mínimo necessário - estimado com base na cesta mais cara - ficou em agosto, em R$ 2.005,07, que corresponde a 4,31 vezes o menor salário oficialmente pago no país, de R$ 465,00.
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