Escrito por Isaías Dalle
Com o objetivo de estabelecer previamente uma data para a votação em plenário da PEC que reduz a jornada de trabalho sem redução de salários, representantes das centrais sindicais e lideranças partidárias devem se reunir hoje, dia 15, a partir das 19h, com o presidente da Câmara, Michel Temer.
A proposta das centrais e das lideranças de PCdoB, PDT, PSB, PT, PTB e PV é estabelecer o calendário de votação de forma a combiná-lo com a mobilização das entidades sindicais para aprovação do projeto. A redução da jornada para 40 horas semanais e mais a taxação de 75% sobre as horas extras precisa ser aprovada em dois turnos na Câmara, com o voto de pelo menos 309 deputados.
O secretário nacional de Finanças e Administração da CUT, Vagner Freitas, está em Brasília e participou, no início da tarde, de reunião com as lideranças dos seis partidos citados e agora aguarda a audiência com Temer. Ele informa que a avaliação dos deputados é de que a votação pode ser combinada previamente para a última semana de outubro. "No início do mês, na opinião de quem conhece a rotina da Câmara, será muito difícil. Mas o mais importante é garantirmos a votação e estarmos prontos para uma mobilização forte quando o projeto for a plenário. Para nós, a redução da jornada é um elemento importante de melhora de qualidade de vida, e também um instrumento econômico para acelerar o crescimento do país e a geração de mais empregos", afirma Freitas.
Os dirigentes também se encontram com o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci. "Queremos que o governo apóie publicamente a redução da jornada e que instrua a base aliada a aprovar a medida", explica o diretor executivo Antonio Lisboa Amâncio do Vale, também representando a CUT.