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Pesquisa diz que saúde é problema mais grave na cidade de São Paulo

07/10/2009

Escrito por: Fonte – Observasaude.fundap.sp.gov.br

Pesquisa diz que saúde é problema mais grave na cidade de São Paulo
De 2008 para 2009, aumentou de 53% para 65% o percentual de moradores de São Paulo que consideram a saúde como o mais grave problema da cidade. Essa foi uma das conclusões da terceira edição da pesquisa feita pelo Movimento Nossa São Paulo em parceria com o Ibope e divulgada no último dia 18/9. A pesquisa sobre Mobilidade em São Paulo entrevistou 805 pessa s com 16 anos ou mais, entre os dias 28/8 e 01/9. Além de abordar diversos aspectos relativos à locomoção na cidade, tais como o tempo de deslocamento diário para o trabalho ou a escola, a oferta de transporte público e alternativas para o uso de automóvel, a pesquisa também levanta quais são os principais problemas da capital na opinião dos cidadãos.

Embora tenha aumentado o percentual de paulistanos que têm automóvel (37% em 2008 e 50% em 2009), não deixa de ser uma boa notícia o fato de a pesquisa ter captado um crescimento também na disposição das pessoas para deixar o carro em casa e usar o transporte público, caso fosse oferecido um serviço de melhor qualidade. Manteve-se em 43% o percentual dos que com certeza deixariam de usar carro e aumentou de 24% para 35% o dos que ?provavelmente deixariam?.

Conheça a pesquisa
O Movimento Nossa São Paulo lançou dia (18/9) a terceira edição da pesquisa inédita e exclusiva realizada em parceria com o Ibope sobre Mobilidade em São Paulo. Foram entrevistadas 805 pessas com 16 anos ou mais, entre os dias 28/8 e 01/9. A margem de erro é de, no máximo, três pontos percentuais.

A pesquisa aborda diversos aspectos relativos à locomoção na cidade em perguntas como: Quanto tempo você leva para se deslocar todos os dias para sua atividade principal? Caso houvesse uma boa oferta de transporte público, você deixaria de usar o carro? Com que frequência utiliza transporte público? E bicicleta?

Os entrevistados também responderam perguntas que abordam temas polêmicos e recentes, como a opinião sobre a restrição aos fretados, a ampliação da Marginal Tietê e a liberação do serviço de mototáxi.

Veja os resultados da pesquisa


Algumas conclusões de 2009, comparadas com os resultados de 2008:

- Cresce 13 porcentuais, em um ano, o número de paulistanos com carros - Passou de 37% (em 2008) para 50% (em 2009) o total de entrevistados que afirmam possuir um ou mais veículos em casa. Dos que possuem carro atualmente, 37% compraram nos últimos 12 meses.
- Cresce também a disposição dos paulistanos em deixar o carro e usar o transporte público - permanece em 43% o percentual dos que “com certeza” deixariam de usar o carro caso houvesse uma boa alternativa de transporte e aumentou de 24% para 35% os que “provavelmente deixariam”.
- População se divide quanto à proibição dos fretados - 47% dos entrevistados são a favor da medida e 51%, contrários.
- Também é dividida a opinião quanto à liberação de mototáxi na cidade - 50% são a favor e 48%, contrários. Mas, 57% afirmaram que não utilizariam o serviço, caso fosse liberado, e 37% disseram que utilizariam.
- Maioria é a favor da ampliação da Marginal Tietê, mas, se pudesse escolher, optaria por investir os recursos no transporte coletivo - 89% dos entrevistados concordaram com a criação de novas pistas na Marginal Tietê. Porém, para 56% das pessoas o dinheiro utilizado na obra deveria ser utilizado para ampliar linhas de metrô e trem e em corredores de ônibus.
- A Saúde continua sendo o problema mais grave de São Paulo. Educação está em segundo lugar
- Passou de 53% (2008) para 65% (2009) o percentual de entrevistados que consideram a saúde como o mais grave problema da cidade. Neste ano, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente, Educação e Trânsito. No ano passado, a ordem era: Saúde, Desemprego e Trânsito.
- A população de São Paulo está totalmente insatisfeita com o trânsito - a nota média para a situação do trânsito na cidade, de 0 a 10, está em 3,0. Para 47% dos entrevistados, o trânsito é considerado “péssimo”.
- A poluição na cidade é um problema muito grave ou grave para 92% dos entrevistados.
- O paulistano desperdiça, em média, 2h43 todos os dias no trânsito.
- Cresce o número de usuários do transporte público - aumentou o percentual dos que utilizam, todos os dias, ônibus (de 20% para 28%), metrô (6% para 13%) e trem (3% para 5%). E é praticamente o mesmo o percentual dos que usam carro todos os dias ou quase todos os dias: 29%.
- A maioria ainda é a favor do rodízio de dois dias - 52% dos entrevistados são a favor do rodízio de 2 dias em São Paulo - entre os que utilizam carro, o percentual cai para 44%.
- A maioria é contrária à criação do pedágio urbano - 26% são a favor. Entre os usuários diários de carro, esse percentual sobe para 29%.
- Os carros, caminhões e ônibus são os principais responsáveis pelo aquecimento global (65%), seguidos pelas indústrias (64%) e pelo desmatamento (55%).
- Tempo de espera nos pontos ou terminais e a lotação nos ônibus em São Paulo pioraram no último ano. Para 44% dos usuários de ônibus o tempo de espera pelos ônibus aumentou em relação há um ano e, para 50% dos usuários, os ônibus estão mais lotados. (Os indicadores estão entre os previstos na Lei 14.173, regulamentada em 2006, que determina à Prefeitura o fornecimento de indicadores de desempenho relativos à qualidade dos serviços públicos)
- Para 67% do total de entrevistados na pesquisa, os investimentos feitos para melhorar a circulação na cidade deveriam priorizar “o transporte coletivo, com ampliação e modernização das linhas de metrô, trem e ônibus”. Apenas 10% dos pesquisados disseram que os investimentos deveriam priorizar o “transporte particular, com a construção e ampliação de avenidas, pontes e viadutos”.
- 40% dos entrevistados que afirmam utilizar carro estão dispostos a deixá-lo em casa e usar transporte público, bicicleta ou pegar carona. E 22% já fazem isso regularmente. 25% não estão dispostos a fazê-lo.
- 41% disseram estar dispostos a trocar o carro por um menos potente mas que polua menos. 8% já o fazem e 25% não estão dispostos a fazê-lo.

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