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Desmantelamento da Sucen trará prejuízos aos paulistas

Escrito po: Alexandre Senna

02/02/2021

Municípios paulistas terão que retirar recursos de onde não têm para poderem fazer o combate aos surtos; castigo será pior para aqueles com menos de 50 mil habitantes

 

Começa o ano, chegam os dias muito quentes e as chuvas torrenciais, e a primeira coisa que pensaríamos, se não estivéssemos no meio de uma pandemia, seria no combate à dengue. Por isso, estou aqui, para lembrá-los que, juntamente com o coronavírus, temos o Aedes aegypti para combater.

 

Infelizmente, 2021 é um ano bastante peculiar. Será o primeiro ano que não teremos mais a Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN), autarquia que foi extinta pelo Projeto de Lei nº 529, que virou a Lei nº 17.293, em outubro passado. A SUCEN virou um puxadinho da Secretaria de Estado da Saúde.

 

É fim de janeiro e ainda não sabemos exatamente o que vai acontecer com os trabalhadores da SUCEN. Muito foi discutido e ainda estamos esperando os avanços do que reivindicamos.

 

Também não sabemos como será a vida dos pequenos municípios que contavam com o auxílio da SUCEN para ajudá-los no combate à dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes e outras pragas urbanas.

 

Municípios

 

Os municípios paulistas terão que retirar recursos de onde não têm para poderem fazer o combate aos surtos. O castigo será pior para aqueles com menos de 50 mil habitantes.

 

Foi uma covardia do governador João Doria Jr. acabar com a SUCEN em um período de pandemia e graves problemas de caixa para as Prefeituras.

 

Afinal, a SUCEN tinha toda uma estrutura que era usada para auxiliar e educar a população dos municípios paulistas. Seu trabalho era imprescindível, não somente para auxiliar no chamado “fumacê”, mas também para pesquisas, conscientização e suporte técnico.

 

Estrago

 

Devido à pandemia de coronavírus, a impressão que se tem é de que as demais epidemias brasileiras foram deixadas de lado. Sabemos que, todos os anos, em maior ou menor grau, a dengue é um problema grave.

 

Não dá para nos esquecermos também do triste surto de zika vírus em 2015, transmitido pelo mesmo mosquito e que comprometeu o futuro de milhares de bebês com microencefalia, além, claro, de suas famílias.

 

Estatística

 

Conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde, no ano passado houve mais de 188 mil casos de dengues confirmados em municípios paulistas. Em 2019, foram pouco mais de 400 mil casos.

 

A maioria dos que foram registrados em 2020 ocorreram nos meses de verão. Para se ter uma ideia, somente Catanduva registrou mais de 11 mil casos ao longo do ano passado.

 

Ou seja, não podemos fechar os olhos para os perigos da dengue, especialmente agora que não temos a SUCEN.

 

Este verão está quente e promete ter muitas chuvas (já estão ocorrendo). E água acumulada é viveiro de mosquito.

 

Sendo assim, é importante que as autoridades municipais fiquem atentas e cobrem apoio do governo do estado. O combate à Covid-19 é essencial e nosso problema mais urgente. Mas não podemos nos esquecer do resto.

 

 

 

Alexandre Senna é secretário de Comunicação do Sindsaúde SP - Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo

 

 

 

 

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